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A trajetória de sucesso de três pioneiros da Engenharia do Insper

Felipe Buniac, Matheus Marotzke e Luca Noto venceram competições de inovação, incluindo a L’Oréal Brandstorm, em Paris, e agora atuam em diferentes setores do mercado

Felipe Buniac, Matheus Marotzke e Luca Noto venceram competições de inovação, incluindo a L’Oréal Brandstorm, em Paris, e agora atuam em diferentes setores do mercado

 

Tiago Cordeiro

 

Os três cursos de Engenharia do Insper — Mecânica, Mecatrônica e de Computação — conquistaram neste ano, pela primeira vez, o selo de qualidade concedido pela Comissão de Acreditação de Engenharia (Engineering Accreditation Commission) da ABET. Mas não é de hoje que esses cursos chamam a atenção de estudantes e profissionais da área.

Quando Felipe Buniac e Matheus Marotzke se matricularam na primeira turma do curso de Engenharia de Computação, que teve início em 2015, eles foram atraídos pela reputação do Insper. Marotzke soube da nova graduação por intermédio de um primo de seu pai, o professor Paulo Marques. “Fui visitar as instalações da faculdade e recebi um tour privativo proporcionado por outro docente, Vinicius Licks. Saí dali decidido a entrar para o curso”, lembra Marotzke.

Já Buniac vinha de uma experiência internacional diversificada. “Nasci no Brasil, mas na juventude morei no México e nos Estados Unidos, em função da carreira do meu pai.” Ele cursou o primeiro ano do equivalente ao Ensino Médio nos Estados UnidosDe volta ao Brasil, concluiu essa etapa da formação em uma escola paulistana que utiliza uma metodologia apoiada em projetos.

“O ensino lá era baseado em projetos científicos, exposições e debates. Na época, desenvolvi um software de criptografia que acabou sendo premiado”, relata. “Ao chegar o momento de decidir por uma graduação, sabia que queria fazer uma faculdade voltada para a computação, mas com uma metodologia parecida com a que eu tinha experimentado no Ensino Médio. A escolha natural foi o Insper.”

 

Prêmios internacionais

Com um ano de curso, os dois alunos, que estudavam na mesma turma, já participavam ativamente de competições de inovação. Foi quando conheceram Luca Noto, que havia acabado de se matricular na graduação de Engenharia Mecatrônica. “Eu me envolvi em todas as atividades acadêmicas que o Insper proporcionou”, lembra Noto. “Fui diretor do Diretório Acadêmico, cargo que o Felipe também tinha ocupado.”

Em maio de 2016, Marotzke e Noto venceram o primeiro hackathon realizado pelo Insper. Em dezembro do mesmo ano, Marotzke e Buniac conquistaram o primeiro lugar no Innovation Olympics, uma das competições em inovação mais prestigiadas do mundo, realizada pela empresa de consultoria IXL Center. “Nós nos inscrevemos quando estávamos no segundo ano da graduação e descobrimos depois que os demais competidores estavam todos cursando MBA”, lembra Buniac.

Os próprios professores incentivaram os três estudantes a se unir em uma equipe capaz de fazer história: participar da edição de 2017 da L’Oréal Brandstorm, uma competição global de inovação aberta que, em 25 edições, nunca havia sido vencida por brasileiros.

Os três jovens aceitaram o desafio. Eles desenvolveram então uma solução sustentável, baseada em cápsulas solúveis e biodegradáveis, que, com a ajuda de um misturador, resultariam em um produto individual de higiene pessoal. “Os professores participaram ativamente, debatendo em detalhes a criação do produto e da embalagem. Recebemos todo o apoio possível do Insper”, aponta Marotzke.

Depois de quatro etapas seletivas, eles superaram mais de 8 mil equipes e foram declarados vitoriosos. Para isso, apresentaram pessoalmente, na capital francesa, um pitch de cinco minutos para uma banca formada pelo CEO e por outros executivos da L’Oréal Paris. Em São Paulo, os docentes e demais alunos assistiram ao vivo à transmissão da apresentação e celebraram a vitória do trio.

 

L’Oréal Brandstorm_Felipe Buniac, Luca Noto e Matheus Marotzke (2)
Felipe Buniac, Luca Noto e Matheus Marotzke, em 2017, com o professor Egberto Medeiros, que atuou como mentor na competição e os acompanhou até Paris

 

Networking no Insper

Marotzke e Buniac ainda venceriam mais um desafio, uma competição de inovação conduzida pela Faber-Castell, fabricante de material escolar e de escritório — quem os avisou da oportunidade foi Noto. “Criamos um projeto de um álbum de figurinhas em realidade aumentada. Fomos então chamados pelo diretor de inovação, que nos perguntou o que faríamos para a ideia não morrer”, lembra Marotzke. “Foi quando nós dois decidimos montar uma consultoria.” Surgia assim a empresa Melon Innovation.

A iniciativa, porém, teve vida curta. Isso porque, durante uma visita guiada ao Insper conduzida por Marotzke, o jovem chamou a atenção de Paulo Veras, um dos fundadores da empresa de aplicativo de transporte 99. “Veras me adicionou no LinkedIn, marcamos um café, eu e o Felipe descrevemos a nossa iniciativa. E ele nos respondeu com uma provocação. Disse que, naquele momento de nossas vidas, deveríamos fazer algo ‘mais escalável.” Veras os apresentou então a Eduardo Rocha e Anderson Silva, ambos, respectivamente, ex-diretores executivos da Rodobens e da Disal, duas das maiores administradoras de consórcio do país, e que estavam dispostos a revolucionar o mercado digital de consórcio com a startup Klubi.

Depois de um ano e meio, Buniac acabaria migrando para assumir um outro posto de destaque, na fintech Conta Simples, liderada por outro ex-aluno do Insper, Rodrigo Tognini. “Enquanto estávamos desenhando a Melon, dentro do Centro de Empreendedorismo (CEMP) do Insper, dividi mesa com os criadores da Conta Simples. Desde aquela época eles diziam que eu ainda iria trabalhar com eles”, relata.

Desde então, Buniac segue na Conta Simples. “Comecei um dia antes do lockdown da pandemia em São Paulo. Fui um dos primeiros 15 funcionários, e hoje somos cerca de 280. Virei sócio e espero continuar crescendo aqui dentro. Atuo em toda a operação de crédito da empresa.” O primeiro cartão pré-pago desenvolvido pela fintech foi utilizado por ele, ainda como cliente do banco, para pagar um almoço. “Depois, quando migramos para um novo modelo de cartão de crédito, também fui o primeiro a testar, já que ajudei na construção do produto, dos testes e do lançamento”, conta Buniac, que, recentemente, passou a praticar triathlon. “Treino sete dias por semana, duas vezes ao dia.”

 

Sequência na carreira

Marotzke, por sua vez, seguiu na Klubi até seis meses atrás, quando se afastou. Foi viajar por três meses e, na volta, assumiu um novo desafio profissional. É agora diretor de tecnologia (CTO) e diretor de produto (CPO) na Boldr, uma companhia com sede em Londres dedicada ao desenvolvimento de uma plataforma de gestão de energia que permite aos usuários residenciais reduzirem o consumo doméstico de energia em até 30%. “Estou contratando”, ele anuncia. “Vamos montar um time de TI sediado em São Paulo.”

Quanto a Luca Noto, depois de fazer um intercâmbio em Israel por influência de Buniac, ele concluiu a graduação e decidiu participar do programa de trainees da Ambev. “Passei, fui rodando por diferentes áreas e hoje estou no braço de tecnologia aplicada a logística. Em uma equipe com três líderes, otimizamos os trajetos de cerca de 5 mil caminhões por dia”, conta. “Estou feliz aqui, há muito espaço para crescer. Mas, para o futuro, não descarto a possibilidade de ter meu próprio negócio.”

Ao longo dessas trajetórias de quase uma década, os três ex-alunos do Insper se tornaram amigos, ainda que não se vejam pessoalmente há meses, em função de seus compromissos profissionais. “Precisamos marcar aquela cerveja, diz Buniac, ao fim da conversa, que reuniu os três de forma virtual — Marotzke falava a partir da Lituânia. “Vou encontrar nossa última foto juntos no meu Instagram e mando para vocês”, prometeu Noto.

 

Matheus Marotzke, Luca Noto e Felipe Buniac
Matheus Marotzke, Luca Noto e Felipe Buniac no mais recente encontro

 

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