Volume de recursos destinados a ações com influenciadores digitais deve superar 16 bilhões de dólares no mundo em 2022. O Brasil é um dos principais mercados

Com o crescimento do uso das redes sociais, não há ninguém que não conheça em seu círculo de relacionamento alguém que esteja tentando se estabelecer como um influenciador digital — uma pessoa que usa um canal online para divulgar um conteúdo capaz de fidelizar, engajar e influenciar seus seguidores.

Esse é um mercado em franca expansão. De acordo com uma estimativa da Influencer Marketing Hub, empresa dinamarquesa especializada na produção de conteúdo sobre mídias sociais, o marketing de influência deve movimentar globalmente algo em torno de 16,4 bilhões de dólares neste ano, ante 13,8 bilhões de dólares em 2021. Em relação a 2016, os gastos com influenciadores deverão crescer quase dez vezes.

As empresas que trabalham com marketing de influência costumam classificar os influenciadores em uma pirâmide, de acordo com o número de seguidores que possuem nas redes sociais. No topo ficam as celebridades, que em geral possuem mais de 1 milhão de seguidores. Mais abaixo na pirâmide vêm os megainfluenciadores (de 500 mil a 1 milhão de seguidores), os macroinfluenciadores (de 100 mil a 500 mil seguidores), os microinfluenciadores (de 10 mil a 100 mil seguidores) e os nanoinfluenciadores (de 1 mil a 10 mil seguidores).

Apesar de terem um alcance restrito, os nanoinfluenciadores são considerados importantes nesse mercado porque, em geral, têm um nível de engajamento maior com seus seguidores, por estarem mais próximos do seu público. Já as celebridades e megainfluenciadores têm grande alcance, mas baixo engajamento dos seguidores (e custo bem maior).

Segundo a empresa de pesquisa Nielsen, o Brasil é o país com maior número de influenciadores digitais no Instagram, uma das plataformas mais utilizadas no marketing de influência. São mais de 10,5 milhões de brasileiros que produzem conteúdo no Instagram, tornando-se virtuais influenciadores digitais. Esse número é maior que o de moradores do Rio de Janeiro (6,8 milhões), a segunda cidade mais populosa do país.

De acordo com portal de dados e infográficos Statista, o Brasil é o país onde os influenciadores exercem maior influência nos consumidores: por aqui, cerca de 45% das pessoas disseram já ter comprado produtos promovidos por celebridades e influenciadores.