Realizar busca
test

Drones: disciplina eletiva realiza avaliação final

Os alunos foram desafiados a colocar quadricópteros para voar pelo campus do Insper

Os alunos foram desafiados a colocar quadricópteros para voar pelo campus do Insper

 

Tiago Cordeiro

 

Quem passou pelo 4º andar do prédio 2 do Insper na semana passada viu 23 alunos realizando, ao vivo, a avaliação final da disciplina eletiva Drones da escola. Cada grupo tinha cinco tentativas de fazer seu quadricóptero decolar, voar por alguns segundos e depois pousar no mesmo local de forma autônoma. Os mais ousados, e que almejavam uma nota melhor, tinham de fazer o drone se deslocar um pouco antes de pousar em um alvo desenhado no chão. Quando mais perto do centro, maior a nota, desde que o pouso fosse perfeito.

Alguns grupos conseguiram logo na primeira tentativa, outros precisaram de mais tempo. A cada tentativa, a tensão entre as equipes aumentava. “Os estudantes não constroem os drones, mas os programam ao longo do semestre, sozinhos. É uma atividade que exige muito conhecimento em aerodinâmica, controle e, obviamente, programação embarcada. Além de muita tentativa e erro”, diz o professor que ministra a disciplina, o engenheiro Fabio Bobrow.

 

Eletiva drones
Os alvos que os drones tinham de atingir

 

Disponível para todos os alunos de graduação do Insper, mas procurada principalmente pelos estudantes de Engenharia de Computação e Engenharia Mecatrônica, a disciplina é oferecida todo ano no segundo semestre — esta foi a quinta turma. A procura tem aumentado: na primeira edição, foram oito participantes.

Cada aluno recebe um Bitcraze Crazyflie 2.1, um quadricóptero open-source de pequeno porte. O corpo do drone é composto por uma placa de circuito impresso que contém todos os sensores necessários para o dispositivo se localizar no espaço (acelerômetro, giroscópio, proximidade e fluxo óptico). A ela, estão fixos quatro motores e hélices que compões os atuadores do sistema. Há também a bateria do drone, equivalente à utilizada em smartwatches, e uma antena USB para comunicação sem fio com o dispositivo.

 

Drones eletiva
Um dos drones utilizados pelos alunos

 

Os estudantes são responsáveis em processar os dados do acelerômetro e do giroscópio para estimar a orientação do drone, ou seja, os três movimentos de rotação no espaço. Já o sensor de proximidade (vertical) e fluxo óptico (horizontal) são utilizados para estimar a sua posição, isto é, os três movimentos de translação no espaço. Todo esse cálculo é feito a uma frequência muito alta (500Hz), e a cada instante a velocidade angular de cada motor é ajustada de acordo com a trajetória desejada.

“Os estudantes iniciam fazendo um LED do drone piscar e, a partir daí, têm que construir todo o algoritmo de estimação e controle do dispositivo. Eu dou o caminho das pedras com alguns tutoriais e roteiros de laboratórios, mas eles que precisam trilhá-lo. O mais interessante é que o que eles projetam na teoria acaba não acontecendo na prática, e os alunos precisam se virar para resolver os problemas. Isso que é engenharia de verdade”, afirma o professor Bobrow, que é doutor em Engenharia Elétrica com ênfase em automação e controle pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Assim, os estudantes entram em contato com uma tecnologia que tem se disseminado nas mais diversas atividades, incluindo a agricultura e a engenharia civil.

Os alunos passam o semestre inteiro projetando um controlador autônomo, mas só são avaliados mesmo no final do semestre. O próximo desfile de drones pelos corredores do Insper deverá acontecer apenas no final de 2023.

Eletiva drones
Alunos participam da avaliação final

 

Este website usa Cookies

Saiba como o Insper trata os seus dados pessoais em nosso Aviso de Privacidade, disponível no Portal da Privacidade.

Aviso de Privacidade

Definições Cookies

Uso de Cookies

Saiba como o Insper trata os seus dados pessoais em nosso Aviso de Privacidade, disponível no Portal da Privacidade.

Aviso de Privacidade