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Aprenda o que é e para que serve um pipeline de dados

A ideia é possibilitar que dados de fontes diferentes sejam integrados com eficiência, gerando insights para a empresa

A ideia é possibilitar que dados de fontes diferentes sejam integrados com eficiência, gerando insights para a empresa

  

Bruno Toranzo

 

Na indústria de gás e petróleo, o pipeline é um tubo de grosso calibre para o transporte desses combustíveis a locais distantes. O objetivo é fazer com que eles saiam dos locais de produção e cheguem ao mercado, para posteriormente ser distribuídos ao consumidor. Essa é a dinâmica também do chamado pipeline de dados, que tem sido cada vez mais utilizado no contexto da transformação digital. Por meio dele, ocorre o processamento correto dos dados, com o propósito de gerar inteligência para os negócios.

 

O que é um pipeline de dados?

Trata-se de um conjunto de etapas que levam dados do ponto A ao ponto B. O ponto inicial é o lugar onde os dados são gerados — as chamadas fontes de dados ou data producers. Já o destino são geralmente os usuários ou data consumers. Nesse ponto B, os dados ficam hospedados em um data warehouse centralizado ou banco de dados. O processamento de dados está baseado no pipeline, o que demonstra a relevância desse conceito para os arquitetos de dados.

Entre esses dois pontos, os dados passam por transformações e integrações, a fim de que cheguem prontos ao destino para aplicação na finalidade desejada. Uma das características da transformação é modificar os dados. Isso é feito por meio de padronização, ordenação, validação e verificação, permitindo que os dados fiquem “limpos” e prontos para análise.

O pipeline de dados recebe, portanto, dados brutos e, na sequência, promove a limpeza e o redirecionamento deles. Por fim, executa cálculos ou agregações antes de armazenar os dados processados, que são consumidos pelos clientes, relatórios ou APIs (Application Programming Interfaces ou Interfaces de Programação de Aplicação).

 

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Para que serve um pipeline de dados?

O propósito é gerar inteligência para o negócio. Quando bem trabalhados, os dados podem resultar em insights para o dia a dia da empresa. O pipeline de dados permite que dados de fontes diferentes sejam integrados com eficiência.

Por meio dele, é possível analisar dados relativos ao comportamento do cliente-alvo, que pode ser o consumidor final, automação de processos, jornadas do comprador e experiências do cliente. Em uma economia tecnológica como a de hoje e altamente competitiva, essa inteligência não pode ser descartada, sendo, na realidade, indispensável para os negócios.

Um site de comércio eletrônico, por exemplo, pode identificar a etapa da jornada de compra com maior porcentagem de desistência. Isso pode significar descobrir o motivo pelo qual o consumidor não está efetivando a compra. Ou, ainda, qual é a experiência de compra mais desejada ou buscada por seu cliente — a partir de dados diversos que indiquem o canal de compra predileto e o gatilho de compra mais efetivo, como descontos enviados por e-mail.

Com o pipeline de dados, é possível, ainda, obter esses insumos de forma instantânea. Quem navega bem por esse ambiente obtém análises rápidas e precisas — destinadas inclusive a determinadas necessidades organizacionais. Outra vantagem do pipeline de dados é que ele reduz o esforço de análise porque entrega somente as informações necessárias à equipe ou ao projeto. Os administradores podem até mesmo restringir o acesso às informações dos pipelines. Essa questão de segurança é imprescindível frente ao crescimento das ameaças cibernéticas.

 

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Quais as diferenças entre pipeline de dados e ETL?

A sigla ETL significa extract (extrair), transform (transformar) e load (carregar). Há algumas diferenças entre ETL e pipeline de dados. O ETL está concentrado em um sistema específico de armazenamento de dados, diferentemente do pipeline de dados, que se caracteriza por ser abrangente nesse aspecto. O ETL é especialmente útil para centralizar as fontes de dados, com o objetivo de ajudar a empresa a visualizar uma versão consolidada dos dados. Os profissionais de CRM, por exemplo, podem utilizar a solução ETL para extrair os dados dos clientes de vários pontos de contato referentes à jornada do cliente.

O ETL move os dados em lotes para esse sistema específico em intervalos regulares. Já o pipeline de dados tem como característica uma aplicabilidade ampla para transformar e processar dados. Em outras palavras, no ETL, os dados são movidos em grandes volumes para o sistema de destino e em determinado horário. Pode ser executado, por exemplo, uma vez a cada 12 horas. O pipeline de dados, por sua vez, é um processo em tempo real. Isso torna ainda mais ágil o processamento de dados, permitindo fazer análises de negócio sempre atualizadas.

Por fim, o pipeline de dados, ao contrário do ETL, não precisa finalizar o carregamento de dados em um banco de dados ou data warehouse. É possível carregar os dados para qualquer sistema de destino, como um bucket da AWS ou um data lake.

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