Ex-aluna da graduação em Economia, Clara Roorda volta a estreitar os laços com a escola, agora com foco em incentivar a diversidade socioeconômica entre os estudantes
Tiago Cordeiro
Na época de prestar vestibular, o Insper não foi uma escolha óbvia para Clara Roorda, que fez inscrição para os processos seletivos de diferentes instituições. Mas o pai influenciou sua escolha — e ela não se arrependeu. Depois de concluir a Faculdade de Economia da instituição, em 2008, a alumna manteve uma relação de carinho com o Insper — que conheceu ainda como Ibmec.
Ao longo da faculdade, Clara passou por um curso em economia ambiental na London School of Economics and Political Science. Entre 2011 e 2013, cursou mestrado em Administração Pública, mais uma vez com foco em ciência ambiental e desenvolvimento sustentável, na Universidade Colúmbia.
No campo profissional, foi analista da corretora Hedging Griffo e desenvolveu para o Banco Mundial um projeto sobre tecnologia da informação aplicado a bancos africanos.
Recentemente, ela retomou o contato mais próximo com a escola ao se tornar um dos 14 integrantes do Conselho Alumni do Insper, que atua como instância consultiva para assuntos estratégicos relacionados à Comunidade Alumni Insper. Além de fazer parte do Conselho Alumni, Clara é coordenadora do Comitê Embaixadores Alumni — que planeja e fomenta as iniciativas para engajar a Comunidade Alumni para fazer parte desse movimento de transformação.
Na entrevista a seguir, Clara comenta sua trajetória acadêmica e explica os motivos que a levaram a novamente estreitar laços com a escola.
Como começou sua relação com o Insper? Foi com a graduação em Ciências Econômicas?
Sim. Na época, eu decidi que gostaria de estudar Economia e havia prestado vestibular também na FEA e na FGV. Mas quando perguntei a profissionais da área de finanças, eles foram unânimes em dizer que, se eu tivesse condições, eu deveria optar pelo Insper (na época, Ibmec). Eles disseram que essa faculdade era o sonho de Claudio Haddad e que sabiam que seria a melhor.
Qual foi a importância do curso para sua trajetória profissional?
Na faculdade, eu decidi que queria trabalhar com a parte ambiental. O curso do Insper, que é mais voltado para finanças, me deu instrumentos e argumentos para convencer as pessoas de que mais vale preservar do que utilizar o recurso imediatamente. Não adianta ser ingênuo: não vai ser abraçando árvores que as pessoas vão deixar de queimá-las. A minha monografia, por exemplo, foi sobre precificar alguns dos custos ambientais das hidrelétricas do Rio Madeira.
Como definiria sua interação com o Insper depois da graduação?
Meus grandes amigos são dessa época, mas acabei perdendo o contato com tantas mudanças que tiveram na faculdade desde então. Porém, quando um amigo da faculdade com quem não falava havia algum tempo me mandou uma mensagem pedindo contribuição para o fundo de bolsas, eu não hesitei.
Por que decidiu fazer parte do Conselho?
Porque sinto um carinho muito grande pela faculdade e acredito muito que é preciso aumentar o percentual de alunos bolsistas para que eles de fato entendam o Brasil, as dificuldades existentes e sejam relevantes para o país — e não apenas para si próprios. O fundo de bolsas é muito pequeno ainda, mas é crítico para a faculdade e deveria ter uma voz mais relevante no Conselho. Nesse sentido, pensei que seria importante aumentar o percentual de pessoas do Conselho que fossem ligadas ao fundo de bolsas e dessem uma voz maior para a causa.