Brasil é o sexto país do mundo em número de jogadores profissionais que disputam competições de jogos virtuais
Bernardo Vianna
O campeonato mundial de League of Legends, que começou no último dia 29 de setembro, já trouxe uma conquista inédita para os entusiastas brasileiros do jogo. A Loud foi a primeira equipe brasileira com mais vitórias do que derrotas na fase inicial da competição, que reúne 24 times de todo o mundo.
Além do título de campeão mundial de League of Legends, estão em disputa mais de 2 milhões de dólares em prêmios e, conforme é possível perceber pelas diversas logomarcas de grandes empresas nos uniformes dos times, a potencial atenção dos mais de 500 milhões de espectadores de e-sports espalhados pelo mundo.
Embora campeonatos de jogos eletrônicos existam há algum tempo, é relativamente recente a profissionalização dessas disputas que envolvem jogos como League of Legends, Dota 2, Counter-Strike, Call of Duty e Overwatch, entre outros.
De acordo com projeções da revista especializada Sports Business Journal, o público geral de e-sports deve ultrapassar, em 2025, a marca de 600 milhões de pessoas, metade delas entusiastas, fãs que acompanham todos os campeonatos, enquanto a outra metade é formada por espectadores ocasionais.
E ao reunir cada vez mais público a cada ano, também cresce o interesse de anunciantes e investidores. Até 2025, o valor total do mercado de campeonatos de e-sports deve ultrapassar 1,8 bilhão de dólares, somando-se patrocínios, venda de espaço publicitário e venda dos direitos de transmissão dos campeonatos.
Nesse cenário, o Brasil aparece como o sexto país do mundo com mais jogadores profissionais, atrás de Estados Unidos, China, Rússia, França e Alemanha, segundo o site e-Sports Earnings. De acordo com o levantamento The Brazilian Report, o número de fãs entusiastas de e-sports no Brasil — aqueles que acompanham todos os campeonatos — ultrapassou os 12 milhões no final de 2021. Até o final de 2022, o mercado brasileiro de e-sports deverá atingir o valor de 3 milhões de dólares, três vezes mais do que em 2018.