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Alfabetização em dados é competência essencial para qualquer profissão

As habilidades de ler, entender, transformar, comunicar e integrar dados são tão cruciais quanto a capacidade tradicional de ler e escrever textos

As habilidades de ler, entender, transformar, comunicar e integrar dados são tão cruciais quanto a capacidade tradicional de ler e escrever 

 

Professor André Filipe de Moraes Batista

André Filipe de Moraes Batista*

 

Somos uma sociedade cada vez mais analítica. Produzimos e consumimos mais dados e informação do que em qualquer outra fase da história. De acordo com um levantamento realizado pela empresa de inteligência de mercado IDC, a produção global de dados dobra a cada dois anos e alcançou 64,2 zetabytes (ou trilhões de gigabytes) em 2020. Nos próximos cinco anos, serão produzidos duas vezes mais dados do que o volume acumulado desde o advento do armazenamento digital, na década de 1940.

As crianças já nascem sobrecarregadas, de tantos dados que chegam a elas. À medida que avançam em sua formação, terão acesso a uma quantidade cada vez maior de informação e serão cobradas a entregar os melhores resultados com base em dados — assim como já acontece, com velocidade crescente, no ambiente corporativo. Seja para os jovens, seja para os profissionais mais experientes, a alfabetização em dados já é tão essencial quanto a alfabetização tradicional.

As competências dedicadas a ler, entender, transformar, comunicar e integrar dados são, por enquanto, um diferencial competitivo, seja nas empresas, seja no ambiente da gestão pública ou na academia. Cada vez mais já são vistas como obrigatórias. Os casos de uso começam a se multiplicar.

Advogados avaliam as chances de clientes a partir de dados históricos de casos semelhantes. Jornalistas produzem reportagens mais completas na medida que ampliam a capacidade de reunir e interpretar dados, assim como médicos podem atuar apoiados por sistemas que reúnem dados e estudos para estimar as chances concretas de sucesso de cada terapia, de acordo com as especificidades de cada caso.

Gestores públicos tomam as decisões mais bem informadas sobre quaisquer temas, de distribuição de merendas escolares a construção de novos hospitais, com base em dados, que permitem identificar mudanças de perfis de populações e, com base nelas, realizar projeções para o futuro de programas sociais e a abertura, por exemplo, de centros de atendimento ao eleitor. Por sua vez, a gestão de grandes corporações já se baseia, da contabilidade ao RH, em métricas e sistemas automatizados, capazes de minimizar a execução de trabalhos repetitivos, padronizar processos, ao passo em que possibilita que organizações possuam um melhor posicionamento estratégico.

Seja para aumentar o acesso a um novo mercado, também identificado com base em dados, para melhorar a qualidade do relacionamento com o consumidor, para melhorar a eficiência de processos e rotinas, pessoais ou de equipes inteiras, a alfabetização em dados é, portanto, crucial. Mas como se formam pessoas habilitadas a trabalhar com dados em qualquer área de atuação?

Essa é uma das missões do Insper. As competências relativas ao contato com dados são desenvolvidas em todas as áreas de atuação da instituição, desde a escola de Negócios até os cursos de Direito, Economia e Engenharias, passando pelos MBAs executivos e pelas formações executivas em Jornalismo, Agronegócio, Marketing, Saúde e Educação.

Dependendo do setor e do grau de especialização em que o profissional vai atuar, a capacidade de análise de dados pode ser maior ou menor — como acontece com a alfabetização tradicional. Mas ela é fundamental. Quando alfabetizamos em dados, aumentamos a capacidade analítica de cidadãos, profissionais ou gestores. E o Insper está bem preparado para atender a essa demanda tão importante.

 

* André Filipe de Moraes Batista é professor e coordenador do Centro de Ciência de Dados do Insper e doutor em Engenharia da Computação pela Universidade de São Paulo (USP), com graduação e mestrado em Ciência da Computação com ênfase em inteligência artificial.

 

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