Realizar busca

Alumnus Insper usa inteligência artificial para conectar negócios e talentos

O engenheiro Eduardo Muniz começou a empreender durante o curso que fez no Insper e fundou a RECRUT.AI, plataforma de Recursos Humanos que liga oportunidades de trabalho em empresas a bons candidatos

O engenheiro Eduardo Muniz começou a empreender durante o curso que fez no Insper e fundou a RECRUT.AI, plataforma de Recursos Humanos que liga oportunidades de trabalho a bons candidatos

Eduardo Muniz é engenheiro e se tornou oficialmente um alumnus Insper depois de cursar o MBA Executivo na escola, entre 2013 e 2018. Durante o desenvolvimento das disciplinas, ele teve contato com princípios e fundamentos utilizados nas instituições mais avançadas do mundo, sempre alinhando teoria e prática.

Muniz atuou por mais de vinte anos no mercado de telecomunicações, que ele considera uma escola para profissionais de várias áreas. É um ambiente de muita competição entre grandes empresas, com grandes orçamentos e grandes receitas. Consequentemente, há muitos profissionais brilhantes atuando. Na maior parte de sua carreira como gestor, ele foi responsável por canais de vendas, nos quais teve oportunidade de conhecer e direcionar profissionais de destaque. Muniz considera um grande desafio coordenar tanta gente brilhante. E foi em seu trabalho gerindo e direcionando carreiras que ele percebeu algumas características comuns a profissionais de sucesso.

Depois de desenvolver uma trajetória bem-sucedida no mundo corporativo, o engenheiro resolveu se aventurar como empreendedor. Nesse novo ramo, buscou sempre aplicar seu conhecimento e se inspirar nos comportamentos dos empresários e profissionais que admira. Em 2018, Muniz fundou, associado a Patrick Gouy e Karol Branco, a RECRUT.AI, onde é CMO (chief of marketing officer). Trata-se de uma companhia que usa inteligência artificial para ligar recrutadores de empresas e talentos disponíveis no mercado. Batemos um papo com ele sobre essa iniciativa, sua carreira e sua trajetória no Insper. Confira a seguir.

 

Conte um pouco sobre a RECRUT.AI, empresa de inteligência artificial para conexão entre negócios e talentos que você ajudou a fundar.

A RECRUT.AI nasceu após dois anos de pesquisa e desenvolvimento. Criamos uma inteligência artificial que transforma o processo seletivo, empoderando os recrutadores e cuidando dos candidatos como nenhuma outra solução até então oferecia. Nossa tecnologia elimina as tarefas repetitivas, gerando informações exclusivas sobre os candidatos a uma oportunidade, para que os recrutadores estudem profundamente os candidatos que têm aderência técnica e comportamental para cada uma das vagas.

Quem são os clientes desse negócio?

Nossa tecnologia tem transformado o processo seletivo de empresas. Desde grandes indústrias como Amanco e Mondelez, passando por hospitais, laboratórios, redes de sorveterias e postos de gasolina. O mais legal é que boa parte de nossos clientes tem relatado um aumento da diversidade entre os finalistas e isso tem nos motivado ainda mais! Nosso propósito é criar o processo seletivo do futuro, inserindo tecnologia em todas as etapas possíveis para que o recrutador possa dedicar mais tempo aos   candidatos que têm realmente fit para a vaga e também para que os proponentes tenham a melhor experiência possível.

Como os candidatos a emprego se inscrevem na plataforma?

A Inscrição em nossa plataforma demora menos de um minuto pois exige apenas o preenchimento de sete campos e um currículo em qualquer formato de texto. Nossa solução envia feedback para 100% dos candidatos, e temos o cuidado de não enviar retornos negativos nas sextas-feiras, finais de semana, feriados ou no dia do aniversário do candidato. Nós provocamos o mercado com a afirmação de que inserimos tecnologia para a humanização do processo seletivo.

Como você vê o mercado de recrutamento profissional no Brasil?

O ano de 2020 foi desafiador para os setores de Recursos Humanos em geral. No mercado de recrutamento, muitas empresas reinventaram seus processos seletivos para atender, por exemplo, as demandas de atividades remotas e a necessidade de entrevistas não presenciais, entre outras mudanças que vieram para ficar. A maioria das empresas está realizando todo o processo remotamente. E existe uma grande diferença entre entrevistar remotamente e entrevistar presencialmente. Entre telas, fica mais difícil identificar as linguagens corporais. Como identificar soft skills em um bate-papo remoto? Em uma entrevista a tentativa é de criar um ambiente confortável para que a pessoa possa se expressar naturalmente. Como fica tudo isso no ambiente virtual? Em agosto, sentimos uma melhora importante no ambiente de trabalho. Vários processos de estágio foram criados, apareceram novas empresas interessadas e vimos nossos clientes abrindo mais vagas. Acreditamos que, à medida que a vacinação avança, a economia tende a melhorar e o setor de recrutamento terá um grande desafio de escolha dos melhores talentos no mercado.

Qual a importância da tecnologia nesse processo?

Vivemos um momento em que tudo está migrando para o digital. Varejos investem na venda on-line, fintechs estão revolucionando o mercado financeiro, mercado de saúde precisando se adaptar com consultas remotas, escolas precisando adequar seu modo de ensino. E no setor de recrutamento e seleção não poderia ser diferente. Todos estão buscando inserir tecnologia para otimizar seus processos, reduzir custos etc. O importante é identificar quem usa a tecnologia para apenas digitalizar e diferenciar das soluções que realmente estão transformando o processo. Nós estamos sempre nos questionando, ouvindo nossos clientes e candidatos para que a tecnologia melhore continuamente o recrutamento. O uso da tecnologia para ajudar as empresas a selecionar talentos se tornou fundamental. A sociedade pede que as empresas utilizem mais critérios objetivos e menos feeling. Pede também que promovam a diversidade e nós acreditamos que a tecnologia também pode ajudar na redução dos vieses conscientes e inconscientes, que acabam dificultando a construção de ambientes mais inclusivos.

Além do aumento do uso de tecnologia, de que outras maneiras a pandemia afetou sua área?

O ano de 2020 começou e tínhamos uma grande perspectiva de crescimento. A covid-19 nos atingiu duramente em março e abril. Inicialmente, perdemos alguns clientes, outros reduziram planos e durante os piores meses as vendas caíram a zero. Foi um momento de organizar a casa. Mas, assim que a economia começou a reabrir, deu para perceber que nos adaptamos totalmente a certos aspectos do “novo normal”. As videoconferências, que se tornaram tão comuns, por exemplo, facilitaram o acesso de profissionais a grandes empresas e, principalmente, garantiram potencial de atuação nacional para iniciativas como a RECRUT.AI. Em 2020, nosso faturamento cresceu 300% e hoje já estamos a todo vapor. Em agosto de 2021, já faturamos mais do que durante o ano de 2019 inteiro!

Qual foi o papel do Insper no desenvolvimento da sua carreira?

Sou engenheiro e minha carreira teve uma evolução rápida. Quando entrei no Insper, estava com sede de conhecimento. Queria sedimentar minha experiência com os fundamentos da nova administração. A escola teve um papel fundamental para o momento que estou vivendo hoje em minha carreira como cofundador da RECRUT.AI. As aulas de empreendedorismo, por exemplo, foram inspiradoras. O Insper é uma instituição fantástica pela organização, pela estrutura, pelo corpo docente e pelos alunos também. No Insper, fiz amigos, fiz negócios, fui mentorado e tenho certeza de que, como alumni, ainda tenho muito a contribuir e a me beneficiar dessa bela instituição.

Este website usa Cookies

Saiba como o Insper trata os seus dados pessoais em nosso Aviso de Privacidade, disponível no Portal da Privacidade.

Aviso de Privacidade

Definições Cookies

Uso de Cookies

Saiba como o Insper trata os seus dados pessoais em nosso Aviso de Privacidade, disponível no Portal da Privacidade.

Aviso de Privacidade