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“A faculdade pode ser uma etapa engajadora, de descoberta de coisas novas”

Depois de atuar na consolidação do curso de Engenharia da Computação do Insper, o professor Marcelo Hashimoto vai fazer parte do corpo docente da primeira turma do novo curso de Ciência da Computação

Imagem mostra rapaz com camiseta branca, utilizando óculos de realidade virtual. Ele segura, em cada uma das mãos, controles de realidade virtual.Depois de atuar na consolidação do curso de Engenharia da Computação do Insper, o professor Marcelo Hashimoto vai fazer parte do corpo docente da primeira turma do novo curso de Ciência da Computação

 

Tiago Cordeiro

 

Professor adjunto do Insper desde 2015, Marcelo Hashimoto está no lugar certo e na hora certa para atuar no novo curso de Ciência da Computação da instituição. Afinal, sua formação inteira se deu nessa área: nascido na capital paulista há 38 anos, ele tem graduação, mestrado e doutorado em Ciência da Computação pelo Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (USP).

À formação na área se une a experiência diversificada dentro do Insper: ele desenha e ministra disciplinas baseadas em Metodologias Ativas para o ciclo básico da Engenharia e o ciclo específico da Engenharia de Computação. Também é líder da Trilha de Design para a Engenharia de Computação, membro do Núcleo Docente Estruturante da Engenharia de Computação e docente do curso Empreendedorismo em Ação para a Educação Executiva.

Hashimoto está acostumado, portanto, a pensar os cursos de dentro para fora, contribuindo para a formação da melhor combinação de elementos para proporcionar a melhor experiência para os alunos.

Desenvolve pesquisas em áreas diversificadas, como Educação em Engenharia, Educação em Computação, Design de Interação, Análise de Redes Sociais e Visão Computacional. Coordenou também eventos de inovação em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein e prestou consultorias em usabilidade e inovação.

Na entrevista a seguir, Hashimoto descreve o novo curso de graduação do Insper, à luz de sua própria formação acadêmica, e apresenta dicas para os alunos que vão ingressar na primeira turma, em 2022.

 

Qual foi a trajetória do senhor antes de chegar ao Insper?

Fiz toda a minha formação na Universidade de São Paulo (USP), que tinha um perfil acadêmico, voltado para pesquisa. Por um período curto, fui pesquisador convidado do Conservatoire National des Arts et Métiers, em Paris. Desenvolvi projetos para o InovaCidades, um centro de inovação em cidades inteligentes estabelecido a partir de uma parceria entre o Centro Universitário Senac e a IBM. Tive uma tentativa frustrada de abrir uma empresa própria. Foi uma boa experiência, mas rapidamente eu e meu sócio percebemos que não estávamos seguindo uma direção promissora. Mas sempre dei aulas, desde meu período de formação. Cheguei ao Insper em 2015, no início do curso de Engenharia de Computação, que estava começando seu segundo ano.

 

Chegou a participar do desenho do curso? Como foi essa experiência?

Sim, participei. Foi uma oportunidade única. Pude atuar na construção de um curso praticamente do zero, o que é sempre melhor do que mudar algo já começado, especialmente quando o objetivo é ser disruptivo. Ao longo do processo, descobrimos que, mesmo quando algumas práticas parecem ser promissoras porque já deram certo em outros lugares, há sempre que se considerar o perfil do Brasil e o perfil do aluno que recebemos.

 

E agora o senhor participa do surgimento de um novo curso do Insper, o de Ciência da Computação. Em que ele se diferencia da graduação da época em que o senhor era estudante?

Algumas coisas mudam pouco: num curso de Ciência da Computação, a parte teórica é muito importante, e ela muda muito pouco. O que acontece é haver mudanças graduais no enfoque. É possível, por exemplo, que no futuro a teoria da computação quântica ganhe mais espaço na formação básica. Com o avanço dessa área, é possível que uma disciplina de introdução a algoritmos quânticos se torne obrigatória. Em outros aspectos, o curso do Insper é muito diferente.

 

Em que sentido?

Uma das mensagens que esse curso quer passar é que a fundamentação prática e a aplicação teórica não precisam andar separadas. É possível fornecer ao aluno uma base conceitual forte sem deixar de lado o vínculo com o mercado. Você pode explorar a teoria de maneira a encorajar que o aluno entenda toda a amplitude que existe no mundo da computação. No Insper, a própria organização das disciplinas segue alguns preceitos do mercado que funcionam muito bem entre os jovens: as diferentes áreas do curso podem entrar em concorrência entre si, de forma saudável, para chamar a atenção dos alunos.

 

O novo curso conta com novos professores, que estão chegando agora ao Insper. Qual é o perfil deles?

São acadêmicos e profissionais que entendem que a Ciência da Computação hoje é transversal a todas as áreas de atuação. Por isso, esperamos dos novos docentes a capacidade de diálogo, que se traduza na rotina em sala de aula. E esse engajamento existe dentro do Insper. Os professores estão na mesma página a esse respeito. Atuam de forma conjunta, buscando a interdisciplinaridade, em que todos estão prontos para somar e para implementar ações conjuntas, sempre com o mesmo objetivo de aliar teoria e prática da forma que engaje o aluno. O próprio processo seletivo enfatizou o alinhamento cultural dos novos professores a essa dinâmica.

 

O que o senhor diria para o aluno da primeira turma do novo curso?

O que esperamos do aluno é o diálogo, a cabeça aberta para receber um curso diferente, que foi construído especificamente com base nas demandas do mercado e da sociedade. Ele não vai apenas absorver informações: vai entrar em um ambiente focado na experiência. Temos a convicção de que a faculdade não precisa ser uma etapa de sofrimento pela qual é necessário passar para chegar à vida profissional. A faculdade pode ser uma etapa engajadora da vida, interessante, de descoberta de coisas novas. Um dos principais focos é que a experiência seja intensa, porém divertida, na maior parte do tempo. O aluno pode experimentar a sensação se pertencimento, de desenvolver projetos úteis para a sociedade.

Professor Marcelo Hashimoto
Professor Marcelo Hashimoto

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