O jornal americano The New York Times é pioneiro nesse processo e utiliza diferentes formas de narrativa para gerar a empatia dos leitores.
Na era da tecnologia e do excesso de informação, é essencial que o jornalismo encontre novas maneiras de atrair a atenção do leitor. Nesse cenário, o jornalismo digital ganha espaço com narrativas mais pessoais, contando a notícia sob o olhar de quem foi impactado pelo ocorrido, complementando com artes e infográficos que priorizam a imagem ao texto.
O assunto foi debatido no evento Novas Narrativas na Imprensa, promovido pelo Programa Avançado em Comunicação e Jornalismo do Insper com uma palestra de Sérgio Peçanha, jornalista e editor de Infografia e Multimídia de um dos principais jornais dos Estados Unidos, The New York Times.
“Diferentemente do jornalismo tradicional, o jornalismo digital utiliza diferentes formas de narrativa para contar uma notícia. Utilizam-se palavras-chave, infográficos e uma quantidade maior de imagens que ajudam o leitor a entender melhor os fatos”, explica Peçanha.
Para conseguir este resultado, o New York Times, um dos veículos pioneiros a apostar no formato, montou uma equipe diversa. O jornal conta com profissionais de diferentes áreas, como estatísticos, programadores e designers para atingir os resultados esperados. “O que importa é que todos entendam e pensem as matérias jornalisticamente. Essa diversidade é essencial para que as reportagens se diferenciem do que é feito para o impresso”, avalia Peçanha.
As matérias da versão digital do jornal americano são desenvolvidas em um formato que gera maior empatia do leitor com o assunto. Além da utilização de um maior número de fotos e de infográficos, também são incorporados vídeos e áudios dos repórteres. “A ideia é diminuir a distância entre o jornalista e o público. Isso faz com que a audiência tenha uma visão mais ampla do processo de construção da matéria, oferecendo uma experiência mais rica do que se ela apenas lesse a reportagem”, destaca Peçanha.
A estratégia surtiu efeito para o “New York Times”. “As reportagens da versão digital têm sete vezes mais acesso e engajamento do que as produzidas para o jornal impresso. O número de assinaturas digitais também aumentou nos últimos anos”, afirma.
Formar profissionais com conhecimento para escrever boas histórias e estar preparados para atuar nesse mercado digital é um dos desafios da profissão, que passa por mudanças profundas com o maior uso da tecnologia. Atento a esse cenário, o Programa Avançado em Jornalismo e Comunicação do Insper foi desenvolvido com base nos modelos das principais e mais importantes universidades internacionais, explorando as novas tendências mundiais para o mercado. A primeira turma de pós-graduação do curso começa em julho e está com as inscrições abertas.
“Desenvolvemos um curso de Jornalismo que possa ajudar a reinventar a profissão nesses novos tempos e, principalmente, nesse momento em que o país atravessa. Acreditamos que o Jornalismo é pedra fundamental para a democracia, por isso, estamos empenhados em formar pessoas que sabem contar histórias, unindo a ética e a técnica jornalística”, explica Marcos Lisboa, presidente do Insper. “É importante destacar que o curso não é voltado apenas para jornalistas, mas para todos os profissionais que precisam comunicar melhor suas atividades, desenvolvendo habilidades essenciais de Comunicação para todas as áreas de negócios”, conclui.
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