Curso de Educação Executiva foca no desenvolvimento de produtos e serviços que transformam a sociedade
É consenso entre os especialistas que a inovação social é o caminho para solucionar os problemas sociais do Brasil de forma mais efetiva e sustentável, migrando do modelo de assistencialismo para ações que realmente transformem a realidade das populações mais necessitadas.
Com isso, é fundamental entender e avaliar as melhores soluções para as questões como mobilidade, moradia, coleta de lixo e alimentação, com serviços e produtos que atendam de forma efetiva à sociedade e possibilitem um crescimento inclusivo e consistente.
Para o coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper, Vinícius Picanço Rodrigues, “a inovação social não criará necessariamente um negócio. Ela tem por objetivo mobilizar os diferentes atores da sociedade, como governos, iniciativa privada e sociedade civil, na criação de políticas públicas que sejam capazes de mudar os problemas estudados, criando algo novo que realmente altere uma realidade e seu entorno, enfrentando problemas sociais de frente, apesar de suas complexidades”.
Segundo o especialista, os profissionais devem então entrar em contato com a realidade do público-alvo, entendendo não apenas suas demandas, mas como o produto a ser desenvolvido atenderá às necessidades dos usuários dentro de seu universo. “Não pode ser um tapa-buraco, apenas adaptando soluções que já existem para resolver o problema de forma temporária. É preciso pensar em produtos que realmente são desenvolvidos desde sua concepção para alterar aquela realidade”, explica.
Para o professor de Design e coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper, Victor Macul, é necessária uma mudança de mentalidade dos profissionais e dos setores de serviço, passando a entender o problema sob o ponto de vista do usuário e não de forma teórica, pelo olhar da Engenharia. Por isso, em sua visão, é importante:
O conceito foi trabalhado de forma prática na escola, em 2018, quando os alunos do curso de Engenharia participaram de um projeto em parceria com a ONG Pimp MY Carroça, em que tiveram que desenvolver soluções práticas para melhorar as funcionalidades das carroças de catadores de lixo reciclável da cidade de São Paulo.
“Esse é um exemplo de como o design pode contribuir para a inovação social e da necessidade de mudar o mindset dos profissionais. Para essa ação, os alunos tiveram que primeiro entender a realidade dos catadores, como era sua rotina, que tipo de materiais recolhiam e desenvolver projetos considerando seu uso”, exemplifica Macul.
O Insper, atento a esse novo caminho para a transformação social, criou o curso de curta duração Design para Inovação Social, no qual os alunos têm a oportunidade de realizar uma experiência prática destinada a projetar, de forma colaborativa, soluções inovadoras para lidar com questões sociais complexas, juntamente com os principais interessados e afetados por estas soluções.
Essas soluções podem, potencialmente, criar novos mercados ou interromper os existentes, dando origem a modelos de negócios com ou sem fins lucrativos.
Rodrigues acredita que “experiências como essa são fundamentais para que os profissionais tenham mais contato com a realidade do país, transpondo muros e estourando bolhas, construindo uma visão mais empática e integradora”.
O curso é voltado para profissionais das áreas de gestão, empreendedores sociais, organizações da sociedade civil, inovação e responsabilidade social das áreas pública, privada e terceiro setor.
“Também é uma oportunidade para os profissionais que estão buscando uma transição na carreira e um novo propósito na sua trajetória, com foco em uma transformação social sustentável”, conclui Rodrigues. Saiba mais informações sobre o curso.