Dois alunos da graduação em Engenharia de Computação do Insper subiram ao pódio do primeiro Llama Impact Hackathon: Brazil, competição de soluções de inteligência artificial (IA) realizado pelas empresas Meta e Cerebral Valley, dos Estados Unidos. Com o projeto Edu.AI, o grupo formado por André Brito e Gabriel Valentim, do oitavo semestre do curso, e Giovanna Moeller, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), ficou em terceiro lugar na categoria “Educação e Cultura”, levou um prêmio de 1.000 dólares e poderá submeter o trabalho ao programa Llama Impact Grant, a etapa mundial do evento.
Os três desenvolveram o aplicativo Edu.AI, que pretende ajudar os estudantes brasileiros a se prepararem para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo Valentim, a missão é tornar a educação mais acessível e oferecer suporte direto para estudantes via tecnologia. Para realizar essa tarefa, eles utilizam modelos de linguagem disponibilizados pela Groq, empresa de serviço de nuvem e patrocinadora do Hackathon, que deu o prêmio em dinheiro. “O Top 3 e o prêmio Best On Groq mostram a relevância das ferramentas que construímos no dia a dia utilizando tecnologia de ponta”, diz Valentim.
Valentim é cofundador da Nero.AI, startup incubada no Hub de Inovação e Empreendedorismo Paulo Cunhado Insper, na qual trabalha com outros seis alunos da escola que participaram do evento (Samuel Cavalcanti, Hudson Araújo, Tales de Freitas, Gustavo Braga e Souza, Enzo Ribeiro da Silva e André Pereira). Ele conta que recebeu a dica do Hackathon de Laura Mattos, coordenadora de tecnologia e inovação da Fundação Lemann. O tema tinha tudo a ver com a proposta da Nero.AI. Aos sete integrantes, se juntaram André Brito — que já havia trabalhado em projetos anteriores da startup — e Giovanna Moeller — que produzia conteúdo tech e conhecia Brito pelo Instagram.
No Hackathon, realizado em São Paulo nos dias 9 e 10 de novembro, os nove estudantes se dividiram em três grupos e um deles foi premiado entre as cerca de 50 equipes participantes. O desafio era desenvolver, em 24 horas, uma solução que utilizasse o modelo de IA da Meta, o Llama.
Brito diz que os projetos concorrentes eram muitos bons e que, depois das apresentações, parecia que a premiação ficaria ainda mais difícil. “Alguns minutos antes de ganhar o prêmio, nos falamos que tudo bem se não ganhássemos, porque havíamos conseguido fazer algo muito legal juntos”, diz Brito. “A importância dessa premiação é ter o reconhecimento de uma empresa tão expressiva como a Meta, uma big tech internacional, que realizou um evento no Brasil. O projeto é muito interessante pelo impacto que causa na sociedade, ao ajudar os estudantes brasileiros a se prepararem para o Enem, principalmente aqueles que infelizmente não têm acesso à educação de qualidade no país.”
De 22 a 25 de novembro, o grupo participou do Llama Impacto Hackathon Pan-LATAM, realizado online, e ficou entre os seis finalistas com o projeto CultAI, um chatbot que permite explorar o acervo de museus por meio de dispositivos móveis e internet. Desta vez, Brito, Giovanna e Valentim estavam acompanhados de André Santos, também do oitavo semestre de Engenharia de Computação do Insper.