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A aluna bolsista integral Giovana Vilhena Moreira, da graduação em Direito do Insper, ampliou a sua experiência internacional no programa de verão da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. De junho a agosto, ela participou do Summer Institute in Social Research Methods. O programa em métodos de pesquisa social é uma das oportunidades em formação científica disponíveis aos estudantes do Insper por meio da parceria com a universidade norte-americana.

 

Em 2023, Giovana já havia sido selecionada para um curso sobre riscos e regulação da inteligência artificial, o Condor Camp — Caminhos para mudar o futuro da humanidade, que a levou a Oxford, na Inglaterra. E, mal voltou ao Brasil, já partiu de novo, desta vez para um intercâmbio do Insper com Universidade de Estrasburgo, na França. De setembro a dezembro, Giovana estará na escola de negócios EM Strasbourg, estudando em disciplinas que vão desde economia da felicidade até big data e inteligência artificial.

 

Nas 10 semanas do programa nos Estados Unidos, Giovana desenvolveu competências acadêmicas que incluem desde a execução do trabalho a partir de uma pergunta de pesquisa até as maneiras de obter financiamentos, utilizar tecnologias, desenhar uma carreira na área e aplicar para o mestrado. Os professores e pesquisadores apresentavam também um panorama dos estudos desenvolvidos na Universidade de Chicago. Nas sextas-feiras, a atividade era cultural e histórica. Os alunos faziam visitas a museus para aprender sobre curadoria dos materiais e pesquisa em museologia.

 

A segunda parte foi focada no curso sobre desenho de pesquisa em ciências sociais aplicadas, com aulas e exercícios práticos sobre revisão de literatura, elementos da pergunta de pesquisa e abordagens quantitativas e qualitativas, entre outros conteúdos. No final, Giovana submeteu um cronograma de pesquisa que, daqui a um ano, será útil no Insper. “Além de me mostrar mais sobre habilidade de pesquisa, a matéria me ajudou a montar uma estrutura muito legal para desenvolver o meu pré-TCC”, diz ela, referindo-se ao Trabalho de Conclusão de Curso em Direito.

 

A qualificação em pesquisa tem tudo a ver com a trajetória acadêmica de Giovana, uma mineira da zona rural que entrou na primeira turma do curso de Direito do Insper, em 2021. Ela trabalha com a temática “direito antitruste e mercado de trabalho” no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica (PIBIC), orientada pelo professor Paulo Furquim de Azevedo, coordenador do Centro de Regulação e Democracia do Insper.

Pós-Graduação

Direito: LL.M. e LL.C.

Para atender à necessidade dos profissionais que atuam no mercado jurídico, os programas de pós-graduação em Direito do Insper oferecem aprendizado ativo e participativo

Outro proveito do programa de verão, portanto, foi trabalhar de assistente de pesquisa do cientista político e economista Benjamin Lessing, professor da Universidade de Chicago que estuda a violência organizada de grupos armados como cartéis de drogas, gangues de prisões e paramilitares. Há quase duas décadas, Lessing trata de temas relacionados ao crime organizado no Brasil e na América Latina. A assistência foi compartilhada com Marina Zalcberg Angulo, que também estava no grupo de cinco estudantes do Insper selecionados para o programa deste ano.

 

A tarefa consistia em desenvolver atividades de avaliação e análise de dados da Secretaria da Segurança Pública do Ceará. “Marina e eu fizemos leituras de artigos brasileiros acadêmicos sobre violência para ajudar o professor Lessing a entender alguns elementos qualitativos do Brasil que trariam pistas para a investigação quantitativa”, afirma Giovana. “Aumentei muito o meu conhecimento em práticas quantitativas, que já estou aplicando no meu projeto de pesquisa no PIBIC, e que se juntou a tudo o que eu já havia aprendido de pesquisa, jurisprudência, redação de artigos e entregas de atividades práticas supervisionadas como estudante de Direito do Insper.”

 

Os 70 dias de intercâmbio proporcionaram experiências pessoais inéditas para uma das primeiras bolsistas do Insper a aplicar e ser selecionada para o programa de verão em Chicago. “Foi melhor do que eu imaginava”, conta Giovana. “Voltei fã dos Estados Unidos. As pessoas me diziam que Chicago era incrível, e realmente encontrei uma cidade muito viva, com diversos eventos acontecendo ao mesmo tempo. Com as pessoas do programa, fizemos visitas a vários lugares interessantes e encontramos uma infraestrutura superpreparada. Tive acesso a coisas que eu não tinha tido acesso até aquele momento.”

 

Giovana complementa: “Outra coisa legal é que a gente pôde visitar os estados de Indiana, onde tem um parque nacional das dunas, e Wisconsin. A universidade nos abriu a oportunidade de conhecer pessoas diferentes, apesar de ser verão e não ter tanta gente na faculdade. Dava para aproveitar toda a infraestrutura das bibliotecas também. Algo interessante naqueles dias é que eu e os meus amigos participamos de um teste de pesquisa voluntária, mas remunerada, em neurociência, feito pela universidade”.

 

A bolsista observou uma aura de cidade grande que convive com muitos elementos culturais. No bairro da universidade, era possível praticar atividades ao ar livre e na academia da faculdade. O passeio de barco pelo rio Chicago apresentou a história da arquitetura local. Em Chinatown, a região de origem chinesa, Giovana experimentou novos sabores de comidas. Fez um tour na quase centenária capela Rockfeller, no campus universitário, onde tocou órgão e curtiu a vista panorâmica do alto da torre. Pelos bairros, provou a famosa pizza de massa grossa e o hot-dog com picles, encontrou festivais de ruas e frequentou livrarias e sebos. “Voltamos carregadas de livros”, revela animada.

 

Quando se mudou para a capital paulista, Giovana começou a se interessar por atividades de urbanismo e participou de uma pesquisa do Centro de Estudos das Cidades – Laboratório Arq.Futuro de Cidades em parceria com o Museu de Arte de São Paulo (Masp). “A viagem do programa de verão aumentou a minha consciência da importância de cada elemento das cidades e ampliou demais a minha perspectiva de mundo, de entender de que forma uma cidade deve funcionar”, diz.

Em Chicago, algumas peculiaridades foram ficando evidentes. Novamente com a colega Marina, Giovana fez uma visita guiada à biblioteca da faculdade de Direito e conheceu as clínicas jurídicas da universidade. “Essas clínicas jurídicas são bem parecidas com as do Insper", garante. “Tenho que fazer o maior elogio do mundo a respeito da similaridade da qualidade de ensino em Chicago com a que a gente tem no Insper. É uma característica que eu não só notei individualmente, mas pelos comentários dos colegas de Administração e Economia que estavam lá conosco.”

 

Orientações para o futuro não faltaram. Giovana marcou uma chamada com o palestrante de um dos eventos do programa que havia se mostrado à disposição para conversar sobre carreira. No encontro, ele deu dicas do que fazer após a faculdade e de como buscar vagas específicas. “Eu diria que estou preparada tanto para continuar na vida acadêmica, fazendo mestrado e doutorado, quanto para seguir uma carreira em pesquisa”, afirma.

 

Daquelas semanas, a força que o nome da Universidade de Chicago deixará em seu currículo, o diferencial na área de Direito proporcionado pelas habilidades em dados quantitativos, a imersão na língua inglesa e as novas amizades são outros legados profissionais citados por Giovana. “Foi uma experiência que me trouxe bastante leveza e me mostrou uma qualidade de vida interessante, de um padrão que eu acho que não havia tido ainda”, diz. Tal qual ela mesma define, foi um “verão perfeito”.




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