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Vista aérea de Curitiba (PR): área verde e transporte públicoVista aérea de Curitiba (PR): área verde e transporte público

 

No cenário urbano atual, marcado por desafios complexos e avanços tecnológicos acelerados, o conceito de cidade inteligente assume uma dimensão cada vez mais abrangente. Para além da simples adoção de tecnologias digitais, sensores e sistemas automatizados, uma cidade verdadeiramente inteligente é aquela que coloca as pessoas no centro das decisões, promovendo bem-estar, equidade e sustentabilidade. Repensar o espaço urbano como um ecossistema dinâmico — onde inovação, dados e planejamento caminham junto com políticas públicas eficazes, participação cidadã e inclusão social — é o ponto de partida da terceira edição do curso de educação executiva Cidades Inteligentes: Tecnologia, Transformação Digital e Inovação Urbana, promovido pelo Centro de Estudos das Cidades – Laboratório Arq.Futuro do Insper e que será realizado presencialmente na escola, entre os dias 22 e 24 de maio.

 

Coordenado pelo professor Mauricio Bouskela, especialista com ampla trajetória em projetos de cidades inteligentes, o curso propõe uma abordagem que não se limita à dimensão tecnológica. A premissa central é clara: a inteligência urbana só se realiza quando contribui, concretamente, para a melhoria da vida nos municípios. “Muita gente pensa que cidade inteligente é tecnologia — quanto mais câmeras, mais sensores, melhor. Mas não é isso. Cidade inteligente é aquela que melhora a vida das pessoas”, afirma Bouskela, que divide com Adriano Borges Costa a coordenação do Núcleo Economia Urbana, Cidades Inteligentes e Big Data do Centro de Estudos das Cidades – Laboratório Arq.Futuro do Insper.

 

Tal proposta se insere em um momento no qual o papel da tecnologia no cotidiano urbano é mais visível do que nunca. Soluções baseadas em dados estão transformando o modo como lidamos com os principais desafios das urbes — da gestão de recursos naturais à oferta de transporte, saúde, educação, segurança e habitação. No entanto, o crescimento exponencial na geração e na coleta de dados exige também um uso responsável deles, o que envolve não apenas capacidade técnica, mas também atenção à privacidade, à cibersegurança e à efetividade das decisões tomadas. “Não adianta termos dados se eles não geram ação. Comunicação e uso inteligente dessas informações são fundamentais para transformar a realidade”, reforça Bouskela.

 

A proposta do programa é ambiciosa, porém concreta: oferecer aos participantes uma compreensão estratégica das soluções que estão por trás dos projetos urbanos mais bem-sucedidos no Brasil e no resto do mundo. A partir de uma perspectiva multidisciplinar e baseada em experiências reais, o curso apresenta os principais conceitos, políticas públicas, tecnologias emergentes e ferramentas analíticas aplicadas ao planejamento urbano contemporâneo. Ao longo de três dias intensivos, os participantes percorrerão uma trilha que envolve tanto os fundamentos legais, técnicos e de governança do ecossistema smart, quanto desafios específicos de determinadas áreas..

 

O curso está estruturado em torno de três grandes eixos temáticos — mudanças climáticas, mobilidade urbana e segurança pública —, sempre com foco em como as tecnologias e os dados podem contribuir para soluções concretas nesses campos. Cada dia aula reúne palestras com especialistas renomados, estudos de caso, debates e sessões práticas no formato World Café, que estimula a troca de ideias e o pensamento colaborativo. 

 

Um diferencial importante é a diversidade do corpo docente, composto por Carolina Guimarães (urbanista), Elcio Batista (coordenador do programa Cidade +2°C, do Centro de Estudos das Cidades – Laboratório Arq.Futuro do Insper, e ex-vice-prefeito de Fortaleza), Gustavo Macedo (especialista em inteligência artificial, ética e sustentabilidade), João Carabetta (presidente do IplanRio), José Police Neto (coordenador do Núcleo Habitação, Real Estate e Regulação do Centro de Estudos das Cidades – Laboratório Arq.Futuro do Insper e subsecretário de Desenvolvimento Urbano do Estado de São Paulo), Leonardo Melo Lins (analista de informação do Cetic.br), Luciane Vírgilio (urbanista), Luciano Paez (ambientalista e geógrafo), Manuella Maia Ribeiro (analista de informação do Cetic.br), Myriam Tschiptschin (urbanista), Patrícia Costa (jornalista), Ricardo Balestreri (coordenador do Núcleo Urbanismo Social e Segurança Pública do Centro de Estudos das Cidades – Laboratório Arq.Futuro do Insper e ex-secretário nacional de Segurança Pública), Sérgio Avelleda (coordenador do Núcleo Mobilidade Urbana do Centro de Estudos das Cidades – Laboratório Arq.Futuro do Insper e ex-secretário de Mobilidade e Transportes da capital paulista) e Tomas Alvim (coordenador-geral do Centro de Estudos das Cidades – Laboratório Arq.Futuro do Insper, editor e sócio da BEĨ Editora e cofundador do Arq.Futuro), além do próprio Mauricio Bouskela. s . Essa pluralidade de perspectivas enriquece o debate e proporciona aos participantes uma visão multidisciplinar das questões urbanas.

 

 

Agentes de mudanças

 

Outro ponto alto do curso é a visão integrada e orientada à ação que embasa o seu programa. Mais do que apresentar ferramentas tecnológicas como Big Data, inteligência artificial e sistemas de georreferenciamento, ele coloca em pauta temas como comunicação assertiva, governança pública, planejamento urbano sustentável, cibersegurança e políticas de habitação em contextos vulneráveis. “Nosso objetivo é que cada participante saia do curso com a sensação de que pode ser agente de transformação — como cidadão, gestor público, empresário ou pesquisador. Todos temos um papel na construção de cidades melhores”, explica Bouskela.

Essa perspectiva inclusiva é também refletida na diversidade do público que o curso pretende alcançar. A formação é voltada a gestores e servidores públicos, profissionais da iniciativa privada, representantes de organizações da sociedade civil, acadêmicos, empreendedores e cidadãos interessados nos rumos do urbanismo contemporâneo. Não há pré-requisitos técnicos para participação. Em edições anteriores, o curso atraiu desde representantes de grandes empresas de tecnologia até funcionários de pequenas prefeituras, mostrando que o interesse pela transformação urbana é transversal e cresce em todas as esferas da sociedade.

 

Um outro aspecto importante é a valorização de cidades de todos os portes. Ainda que boa parte dos exemplos venha de grandes centros urbanos, o curso reconhece que municípios pequenos também enfrentam desafios complexos e são igualmente capazes de adotar soluções inteligentes. “Cidade inteligente não é sinônimo de cidade grande. Pode ser uma capital, uma ilha, um bairro ou um município de 5 mil habitantes. O importante é pensar nas pessoas, nos dados e na gestão eficiente”, enfatiza Bouskela.

 

Ao final do curso, espera-se que os participantes estejam aptos a identificar boas práticas em políticas públicas e soluções tecnológicas que, quando integradas a outras variáveis sociais, econômicas e ambientais, ajudem a reduzir externalidades negativas e ampliar os impactos positivos de maneira preditiva e coordenada. Trata-se de um convite à reflexão, à ação e ao engajamento com o futuro das cidades brasileiras — um futuro que, para ser verdadeiramente inteligente, precisa ser inclusivo, sustentável, seguro e centrado nas pessoas.

 

Para saber mais e se inscrever no curso, clique no link a seguir: Cidades Inteligentes: Tecnologia, Transformação Digital e Inovação Urbana



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