Em 2021, o embarque de robôs móveis autônomos (AMRs) superou pela primeira vez o de veículos guiados automatizados (AGVs)
Pouco mais de 100 mil robôs móveis foram comercializados globalmente em 2021. Foi a primeira vez que essa marca foi alcançada, de acordo com um levantamento da consultoria Interact Analysis. Segundo o estudo, a escassez de mão de obra, juntamente com o forte crescimento do comércio eletrônico, acelerou os planos de automação das empresas de manufatura e logística. Isso fez com que as vendas de robôs móveis disparassem em 2021, gerando uma receita de 3 bilhões de dólares, um aumento de 36% em relação ao ano anterior.
Foi a primeira vez também que as vendas de robôs móveis autônomos (conhecidos por suas iniciais em inglês AMRs) superaram as vendas de veículos guiados automatizados (AGVs). OS AGVs representam uma geração mais antiga de robôs e existem no mercado há mais de 40 anos. Basicamente, são equipamentos de transporte semelhantes a empilhadeiras que se deslocam sem a necessidade de um condutor humano, seguindo uma trajetória traçada ou programada previamente.
Já os AMRs são robôs com capacidade de movimentação livre e seu caminho pode ser estabelecido em tempo real, o que permite que eles colaborem em tarefas de manuseio de materiais com humanos. Enquanto os AGVs são todos veículos com rodas, os AMRs podem vir com uma variedade de configurações de locomoção. Isso inclui não apenas veículos com rodas, mas também veículos bípedes, quadrúpedes ou com várias pernas.
Em 2021, as receitas globais com AMRs atingiram 1,6 bilhão de dólares, superando o faturamento dos AGVs em quase 300 milhões de dólares. Em termos de unidades comercializadas, quase 18 mil AGVs foram embarcados em 2021, em comparação com 82 mil AMRs. A tendência é que essa diferença cresça nos próximos anos. A previsão é que, em 2025, serão 43 mil e 640 mil unidades, respectivamente.
A China foi responsável por quase 40% dos 100 mil robôs móveis vendidos no ano passado, liderando o mercado com folga. Os Estados Unidos ficaram em segundo lugar, respondendo por pouco mais de 25%. Os robôs móveis têm sido mais atraentes em mercados que apresentam alto custo de mão de obra, baixo desemprego e alta penetração de comércio eletrônico.