Apesar de ser quase uma obrigatoriedade hoje em dia, a presença das redes de varejo na internet ainda não é bem explorada por muitas empresas do segmento.
Lojas como Leroy Merlin, Riachuelo e C&A apresentam os produtos em seus sites, mas não possibilitam a compra diretamente pelo canal, por exemplo.
Entre as razões para não aderir de vez ao e-commerce estão desde mercadorias que necessitam de orientação para ouso até custos com logística e manutenção dos sites, que empresas preferem cortar do orçamento, segundo especialistas do setor.
“Em alguns casos, atuar com vendas pela Internet ainda não é o foco da empresa. No longo prazo, entretanto, essa opção poderá se tornar inviável“, diz Silvio Laban, coordenador de cursos de MBA do Insper.
O segmento de vestuário é um dos casos citados por Laban para exemplificar essa necessidade.
“Há cinco anos, a maioria das lojas de roupas não vendiam pela internet por ser um tipo de compra que pede experiências presenciais. Com a entrada da Dafiti, houve um movimento no setor.”
A grande maioria das empresas de varejo não é familiarizada com o ambiente virtual, afirma Luiz Antonio Joia, professor da FGV.
“Também existe uma dificuldade em conciliar os canais físico e on-line dentro da própria organização . É comum o cliente comprar algo pela internet, ir na loja física fazer a troca e o atendente não saber o que fazer.”
“Como as margens são mais estreitas, algumas companhias preferem cortar custos adicionais.”
A coluna procurou as empresas citadas no texto, mas não obteve respostas.
Fonte: Folha de S. Paulo – 12/10/2014.