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Uma nova impressão da história da indústria petroquímica no Brasil
01/06/2022
A ex-aluna Carolina Tavares Lopes transformou em livro sua dissertação do Mestrado Profissional em Administração no Insper
Leandro Steiw
A gaúcha Carolina Tavares Lopes define-se como alguém que sempre quer fazer algo a mais. Depois de concluir o Mestrado Profissional em Administração no Insper, ela foi convidada a continuar o estudo de sua dissertação, defendida em 2020. O resultado está no livro A Indústria Petroquímica Brasileira: análise da reestruturação organizacional, lançado no dia 2 de junho pela Editora Dialética.
O trabalho analisa 36 anos de dados fornecidos pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Carolina conta que seu orientador, o professor Paulo Furquim de Azevedo, já antecipara que a relevância de uma pesquisa quantitativa dependeria de uma análise longitudinal de séries históricas de dados. “A pesquisa ideal é quando você consegue identificar um impacto ou uma correlação com alguma teoria e, para isso, precisa-se não só de um ano, mas de um período mais longo”, diz Carolina.
Naquelas três décadas e meia de informações estava boa parte da constituição da indústria petroquímica brasileira, segundo Carolina. O primeiro passo foi estudar a história do setor no país, que remonta aos anos 1960. Depois, precisou se aprofundar na teoria de custo de transação — do economista americano e vencedor do Prêmio Nobel de Economia Oliver Williamson (1932-2020), orientador de Furquim durante período sanduíche do doutorado na Universidade da Califórnia em Berkeley — e na metodologia quantitativa.
Nascida em uma família empreendedora, Carolina mudou-se de Porto Alegre para São Paulo para ser trainee em uma consultoria de estratégia empresarial. Como o tema da administração estratégica fazia parte dos interesses desde a graduação, foi quase natural que o mestrado profissional do Insper surgisse na vida da jovem administradora. “Era exatamente o que eu queria: estratégia e alta capacidade analítica. Porque, com a quantidade de dados que existem atualmente, as empresas não vão tomar decisões por meio de achismos”, diz.
Carolina rememora os tempos da graduação em Administração na Escola Superior de Propaganda e Marketing, na capital gaúcha, e os caminhos que se seguiram. “Na metade da faculdade, comecei a ver que tinha destreza na parte acadêmica e que gostaria de lecionar”, afirma. “O interessante do mestrado profissional é que você prova o gostinho da parte acadêmica, mas também pode conectar com o seu cotidiano e com toda a parte técnica. Simplesmente me apaixonei pelo Insper no momento que entrei no prédio da rua Quatá, por toda esse tratamento analítico de dados.”
Segundo Carolina, não havia tantas pesquisas sobre o futuro da indústria petroquímica. “Consegui acesso ao pessoal da Abiquim e aos documentos com a colaboração da associação. Fiquei muito feliz de a indústria ter me escolhido, porque pudemos pegar toda a riqueza da administração e da estratégia do mestrado no Insper e agregar para a indústria petroquímica”, diz.
Amigas de quadra
Aos 23 anos, recém-chegada à capital paulista, Carolina costumava ser a mais jovem nas turmas do mestrado. A quadra esportiva do Insper aproximou Carolina de colegas mais contemporâneas. Ela narra: “Quando fui para São Paulo, não tinha muitos conhecidos, apenas alguns amigos de Porto Alegre ou do intercâmbio, mas eles estavam ou em outras faculdades ou tocando a vida deles. Me falaram das aulas extras do Insper, lá conheci a turma do basquete e entrei para o time. Nós nos reuníamos para estudar na biblioteca e até participei de campeonatos com a equipe. Brinco que o Insper virou a minha primeira casa em São Paulo. Além do professor Paulo, que orientou a minha dissertação, me aproximei da professora Adriana Bruscato Bortoluzzo, que ministrou a primeira matéria de Análise Avançada e me fez apaixonar pela Econometria, área na qual o Insper é muito forte”.
Carolina voltou para Porto Alegre depois de concluir o mestrado. “Fui procurada por amigos que estavam abrindo empresas e comecei a ser questionada sobre gestão e organização. Agora, estou trabalhando na empresa da minha família e também fazendo consultorias”, diz. “Acredito que a parte acadêmica é vital, agrega muito valor. Entretanto, não é todo mundo que consegue ter a oportunidade que eu tive. Com esse intuito, criei uma página no Instagram na qual quero disseminar os conteúdos de gestão e estratégia e todas as metodologias que aprendi no Insper e também com as minhas experiências no trabalho.”