O superávit comercial do Brasil em julho, de US$ 1,575 bilhão, é um alento em meio ao pessimismo que vem se construindo em relação à economia brasileira, avalia o professor de Economia do Insper Fernando Ribeiro.
Ele aponta que o recorde nas exportações de produtos básicos mostra a competitividade do setor. E a conta de petróleo, cujo déficit caiu fortemente, pode voltar a ficar superavitária nos próximos anos. “Com os EUA crescendo 4% no segundo trimestre e a Europa retomando dinamismo, isso é um alívio para o Brasil, apesar de as exportações para a China só terem avançado 1% em julho”, afirma Ribeiro.
Em relação à Argentina, ele diz que no início do ano, quando a crise no País se agravou, muitos analistas previam efeitos catastróficos para o Brasil, que não se concretizaram. “No acumulado do ano, estamos com um déficit de menos de US$ 1 bilhão na balança, que não é nada muito ruim. Alguns setores podem ser mais afetados, como automóveis e linha branca, mas não será uma catástrofe”, afirma.
Fonte: Estadão.com – 04/08/2014