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Startups de alunos e ex-alunos do Insper captaram mais de 2,4 bilhões de reais
20/04/2022
Esse é o valor levantado desde 2021 por iniciativas de empreendedores ligados à instituição. Nos primeiros meses deste ano, eles foram responsáveis por 8% das rodadas de investimentos no Brasil
Tiago Cordeiro
Em 2021, as startups brasileiras arrecadaram 56 bilhões de reais em captações realizadas em rodadas de investimento. Desse total, 1,7 bilhão de reais, ou 3% do total, foram levantados por 18 iniciativas desenvolvidas por alunos e ex-alunos do Insper.
Nos primeiros meses de 2022, o percentual deu um salto: 8%. Dos 9,6 bilhões de reais captados, as startups relacionadas com o Insper levantaram 756 milhões de reais. Ou seja, o total captado por empreendedores que estudaram na escola ultrapassou 2,4 bilhões de reais em um ano e quatro meses.
As startups que receberam investimentos em 2022 foram:
Evino, e-commerce de vinho, de Ari Gorenstein (aluno de MBA em Finanças em 2014);
Dolado, plataforma de gestão para pequenos e médios varejistas, de Khalil Yassine (que concluiu Engenharia em 2019);
Vittude, plataforma de terapia online, da aluna do MBA de 2014 Tatiana Pimenta;
E-Moving, plataforma de assinatura de bicicletas elétricas, do veterano de Administração Gabriel Cury Arcon;
Salú, startup de saúde, do aluno de Administração André Boff; e
Talura, marketplace de fretes internacionais, de Arthur Lee (que concluiu Engenharia Mecatrônica em 2019).
Também realizaram captações, mas sem informar valores, a empresa de cosméticos em barra B.O.B., da ex-aluna de Administração Andreia Quércia, e a plataforma de alimentação saudável Greentable, do também veterano de Administração Pedro Semeoni.
Gabriel Arcon, CEO da startup E-Moving: serviço de assinatura de bicicletas elétricas
Cultura de inovação
“Diferentemente de outros ecossistemas, em que uma ou duas startups representam todo o sucesso local, no Insper estamos com uma grande diversidade de negócios crescendo exponencialmente. Desde 2021, foram 25 startups dos mais diferentes setores levantando rodadas de sucesso”, afirma Thomaz Martins, coordenador do Centro de Empreendedorismo (CEMP) do Insper, que surgiu em 2006 e abrigou como residentes startups de grande relevância no cenário nacional, como a Conta Simples. “Muitas dessas startups estão realizando captações maiores, em tempo menor e com founders mais novos do que o costumeiro no mercado.”
O crescimento da participação do Insper no ambiente das startups nacionais acontece num momento em que, segundo o relatório Inside Venture Capital Report, produzido pela Distrito Dataminer, o ecossistema acumulou, no primeiro trimestre, apenas 4% de aumento frente o mesmo período de 2021.
Martins avalia que o ambiente do Insper, propício à inovação, explica o sucesso. “A cultura interna, e os diferentes cursos em negócios e engenharia, estimulam juntos o desenvolvimento de iniciativas e as possibilidades de testar, errar e aprender. Temos técnicos e laboratórios à disposição, com o CEMP fornecendo infraestrutura de coworking e orientação às empresas, além de uma lista de mais de 180 ex-alunos dispostos a prestar mentoria pro bono aos novos empreendedores.”
Perspectiva positiva
Há anos a instituição mantém uma trilha de empreendedorismo na graduação. Todos os alunos, de qualquer curso, podem se inscrever em mais de 20 disciplinas diferentes na área. Além disso, à medida que novos cursos se desenvolvem, a tendência é que a participação do ecossistema do Insper nas startups brasileiras aumente, diz o coordenador do CEMP.
“O Insper trabalha disciplinas e óticas diferentes de forma integrada, conciliando o conhecimento acadêmico e o mercado”, diz Martins. Há casos de empreendimentos surgidos quando os estudantes ainda estavam no primeiro semestre de seus cursos de graduação.
Além disso, aponta ele, “uma das muitas vantagens do programa de bolsas da instituição é gerar um ambiente rico e diverso, que estimula a criatividade e o olhar para as demandas de diferentes fatias da sociedade, das mais variadas regiões do país”.
Para 2022, o CEMP está preparando o lançamento do programa de aceleração de startups. Também vai lançar uma nova Jornada de Inovação e Empreendedorismo para a pós-graduação, integrando alunos de diferentes cursos do Insper.
Além disso, a Educação Executiva pretende ampliar a oferta de programas de curta duração em empreendedorismo e inovação. E duas empresas de ex-alunos, a Shoppere a Alice, são consideradas pela Distrito como tendo grande potencial para em breve se tornar os novos unicórnios brasileiros. “Este é só o começo”, afirma Martins.