Programa organizado pelo Centro de Empreendedorismo apresentou os primeiros passos para a criação de um negócio bem-sucedido
Márcio Martins Araújo
Muitas pessoas acreditam que para empreender é necessário ter uma ideia revolucionária. No entanto, os casos de sucesso têm mostrado que inicialmente é preciso apenas enxergar um problema e pensar em algumas alternativas de solução que poderão ser desenvolvidas ao longo da jornada empreendedora.
A fim de fomentar cada vez mais a vontade de empreender e conduzir os jovens estudantes nesse ambiente, o Centro de Empreendedorismo do Insper (CEMP) realizou no mês de maio a primeira Startup Week, programa de cinco dias com atividades em campo para alunos da graduação do Insper.
Para participar dessa jornada, não foi necessário já ter uma ideia de negócio. O propósito era apresentar as bases de um empreendimento de sucesso e levar os participantes a entender e decidir quais os melhores temas para atuação. Em seguida, analisar quem são os stakeholders do mercado e planejar as estratégias a partir das necessidades dos clientes que foram captados durante a semana do evento.
Thomaz Martins, coordenador do CEMP, contou que muitos alunos que acabaram de ingressar na graduação do Insper apresentavam dúvidas sobre como começar um negócio, por isso a ideia de criar um programa que os ajudasse a imergir no ecossistema do empreendedorismo. “Os alunos achavam que era tudo muito difícil. Apesar de ser uma jornada longa, a gente queria mostrar que é possível começar a empreender desde o início da graduação”, afirma Thomaz. “Por isso, decidimos separar uma semana para que o estudante aprenda os conceitos principais de boas práticas empreendedoras, mas, principalmente, que já consiga realizar um pouco desse processo empreendedor e tenha nesse pouco espaço de tempo algo tangível em mãos.”

Thomaz Martins (sentado, de óculos), coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper, e alunos participantes da Startup Week.
“A Startup Week foi essencial para nos mostrar o processo de criação de um negócio. Antes, achávamos que começar um empreendimento era um bicho de sete cabeças, mas agora vemos que, com resiliência e força de vontade, é possível criar condições para o nosso negócio”, afirma Eduardo Schneider, aluno do primeiro semestre de Ciência da Computação.
Julia Lucchesi, aluna do 1º semestre de Economia, encontrou uma oportunidade para empreender na dificuldade da gestão de tempo de empresários de pequenas e médias empresas. E na Startup Week pôde planejar as próximas etapas para o seu negócio, que ainda está em fase de pesquisa e entrevistas. “A semana foi muito importante para que meu modo de ver o empreendedorismo mudasse”, diz Juliana. “Agora tenho muito mais claro quais serão meus próximos passos como empreendedora.”
Durante a Startup Week, foram desenvolvidos 6 projetos, alguns deles em grupo. No entanto, o resultado mais importante foi o aprendizado dos participantes. “Ter passado pelo processo de empreender valeu mais do que os projetos elaborados nessa semana. Poder mostrar os caminhos desde o início da graduação é o principal meio para criarmos um ecossistema cada vez mais empreendedor na escola” diz Thomaz.
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