Nossa escola se preocupa, ao compor os conteúdos a serem trabalhados nos diferentes tipos de formação, em combinar aspectos de hard e soft skills ao longo das trilhas de aprendizagem
Como você classificaria um profissional do futuro? Um especialista técnico em determinada tarefa? Um generalista? O que está em constante aprendizado e aprimoramento? O flexível que inspira colegas de trabalho? O que procura soluções para problemas complexos de maneira inovadora? Ou aquele que tem a capacidade de lidar com diferentes culturas? Bem, se você respondeu sim para todas as perguntas, acertou.
O futuro já começou e o mundo corporativo está em constante mudança e aprendizado. Assim como os profissionais. Por exemplo, contratos flexíveis de trabalho estão cada vez mais sendo responsáveis pela origem da renda e não mais sua complementação.
Os profissionais, por sua vez, estão ainda mais conscientes do que buscam como troca de valor com seus empregadores. Isso significa que, ao longo da formação dos jovens, eles vão experimentando o que consideram ter mais valor ou não. Ao entrar no mercado de trabalho, estão muito mais seletivos em relação às empresas que querem se aproximar e, posteriormente, o que os reterá. É o fenômeno da transformação do EVP (Employee Value Proposition) para o IVP (Individual Value Proposition).
Já passamos por épocas de supervalorização dos especialistas, assim como os generalistas também tiveram seu momento. Mas, e daqui para frente: o que esperar?
“Definitivamente, os profissionais deverão ter uma mescla dos dois perfis. É o que chamamos de superjobs, ou seja, os profissionais serão desafiados a entregarem resultados mediante competências múltiplas e muitas vezes paradoxais”, diz Luciana Lima, professora do Insper. “Um especialista de TI deverá relacionar-se com pessoas por atuar em grupos multidisciplinares e projetando estratégias de Marketing. Ou seja, é uma combinação de diferentes cargos que, tradicionalmente, são executados por diferentes profissionais”, exemplifica. “Isso não significa o fim do domínio da especialidade, contudo, com parte das hard skills sendo absorvidas por inteligência artificial, isso demandará posições ocupacionais mais complexas e integradas”, complementa.
Como preparar este profissional?
Atento às tendências e no posicionamento dos alunos na escola e no mercado, o Insper se preocupa, ao compor os conteúdos a serem trabalhados nos diferentes tipos de formação, em combinar aspectos de hard e soft skills ao longo e entre trilhas de aprendizagem que suportem os superjobs do futuro. O mesmo ocorre com o empreendedorismo, que vai em direção à realidade dos contratos flexíveis de trabalho.
“Queremos formar profissionais versáteis e que circulem bem nas corporações. Por isso, damos muito valor às habilidades comportamentais e socioemocionais, além da inteligência emocional, consciência e responsabilidade. Com isso, conseguimos mesclar os ensinamentos acadêmicos nos quais já somos bastante reconhecidos, com os soft skills necessários para promover essa boa circulação nas empresas”, conclui Carolina Fouad, do Núcleo de Carreiras do Insper.
“Já na graduação, nossos alunos de administração e economia aprendem linguagem de programação R, Python, possuem disciplinas de cálculo, sociologia, pensamento crítico e comportamento organizacional que envolve liderança. Além disso, a teoria caminha com a prática. Há atividades em que os alunos aplicam esses conteúdos em empresas, com suporte de tutores que são profissionais de mercado e os auxiliam nos aspectos técnicos e comportamentais”, explica Lima.
Nossa escola ainda oferece atividades complementares que abordam temas que vão desde neurociência e processos decisórios, até preparação para processos seletivos, passando inclusive por atividades de teatro para que o aluno aprimore suas capacidades de relacionamento e aparição em público.