Capacitação do empreendedor vai ser discutida na semana global de empreendedorismo. Três problemas que levam à falência das novas empresas têm a ver com falta de conhecimento.
Quem pretende abrir algum negócio próprio vai ter uma oportunidade de tirar dúvidas e de aprender com outras experiências nesta semana global de empreendedorismo.
Na periferia de São Paulo, um grupo de amigos queria reformar as casas da comunidade para melhorar a saúde dos moradores.
Projetar, comprar material, contratar profissionais e ainda financiar a obra sem cobrar juros.
Mas como ganhar dinheiro com isso? As publicitárias trocaram os empregos pela cozinha. A ideia: uma empresa que vende kits de pratos elaborados para fazer em casa.
Faltava um ingrediente fundamental. “Organizar custos, saber lidar com impostos, toda essa parte que era muito novo para nós”, destaca a empresária Marilia Trebi.
Ideia não falta, mas você já viu alguém vendendo ideia por aí? É que no final das contas, ela não vale tanto assim. O que faz um negócio de sucesso é principalmente o empreendedor.
A capacitação do empreendedor vai ser discutida na semana global de empreendedorismo.
“Ao mesmo tempo que 76% dos brasileiros gostariam de empreender, a gente tem um nível de capacitação no Brasil para empreendedores de 9%”, ressalta a diretora de educação e empreendedora do Endeavor, Renata Chilvarquer.
Três problemas que levam à falência das novas empresas têm a ver com falta de conhecimento. O empreendedor tropeça na hora de montar a equipe, controlar o dinheiro e administrar o negócio.
Marilia e Amanda voltaram para a sala de aula.
“É necessário buscar conhecimento para que de fato esses novos empreendimentos tenham características mais inovadoras, possam de fato gerar riqueza, gerar empregos no país”, explica Cynthia Serva, coordenadora do Centro de Empreendedorismo/Insper.
O time que não sabia como lucrar com a reforma de casas populares buscou a ajuda de uma aceleradora – uma empresa que orienta os empreendedores na hora de desenhar o modelo de negócios e buscar investimento.
“Fazer com que uma empresa que daria certo de qualquer forma dê certo da forma mais rápida possível, por isso é uma aceleradora”, afirma o diretor de aceleração, Renato Kiyama.
Cozinha e banheiro novos por R$ 3.500 em 12 vezes sem juros. Para ter um lugar pra fazer a refeição com os filhos, até que saiu barato. Modelo bom é aquele em que o empreendedor não lucra sozinho.
Fonte: Jornal Nacional – 18/11/13
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