Conselho de notáveis considerou compra do Panamericano benéfica para o BTG, para o sistema financeiro e para o grupo Sílvio Santos; conheça outros vencedores
Fonte: iG São Paulo – 24/04/2012
Os vencedores do prêmio Negócio do Ano iG/Insper 2012 foram revelados hoje, num evento realizado em São Paulo. O “Negócio do Ano” – que premia as principais operações de fusão e aquisição realizadas no País no ano anterior – foi concedido ao BTG Pactual pela compra do banco Panamericano. “O BTG Pactual esteve envolvido no maior número de operações e em duas das mais ousadas operações, inclusive a mais ousada, demonstrando empreendedorismo e inovação”, afirma Edemir Pinto, presidente da BM&F Bovespa e membro do conselho de notáveis que escolheu o principal prêmio concedido pelo iG/Insper.
Tabela interativa: Veja as maiores fusões e aquisições feitas no Brasil, em 2011
Para Ricardo Gallo, colunista do iG e membro do conselho, a operação BTG/Panamericano fez sentido para todos os envolvidos. Segundo ele, com a compra, o BTG conseguiu ter um braço no varejo, que se tornou uma plataforma de expansão e deu ao banco uma importante parceria com a CEF, além de se posicionar como o terceiro maior banco privado do Brasil. “A CEF, além de arrumar um parceiro competente para tocar o banco, evitou, com a venda, maiores aportes na instituição, já que foi financiada pelo Fundo Garantidor de Crédito”, diz.
O próprio Banco Central, de acordo com Gallo, foi beneficiado pois evitou a quebra de um banco, o que poderia afetar a liquidez; a oferta de crédito interno e promoveu a consolidação de bancos médios e evitou uma crise sistêmica, que terminaria numa corrida aos bancos menores e uma série de problemas similares. Isso sem contar com os grandes bancos, que evitaram perdas nos empréstimos ao Panamericano e desenvolveram junto ao FGC um mecanismo de socorro aos bancos menores protegendo a saúde do sistema. “O grupo Sílvio Santos evitou perdas, ao conseguir que seus ativos pessoais não fossem pegos em garantia pelo FGC”, diz Gallo. “E saiu de um negócio ruim, pouco rentável e mal administrado que era o banco.”
Os vencedores das demais categorias foram:
“Negócio mais Ousado do Ano”
1º. Brazil Pharma
2º. Kroton Educacional
3º. Brasco Logística
“Maiores Negócios do Ano”
1º. Sinopec
2º. Ternium Brasil
3º. Kirin
“Melhor Retorno ao Acionista”
1º. Energisa/Tonon Bioenergia
2º. Iguatemi/Iguatemi SP/Iguatemi Campinas
3º. JSL/Rodoviário Schio
“Empresa mais Poderosa em Fusões e Aquisições”
1º. Sinopec
2º. Kirin
3º. BTG Pactual
“Empresa mais Agressiva em Fusões e Aquisições”
1º. BTG Pactual e BR Malls
2º. Brasil Foods
“O prêmio Negócio do Ano foi criado para premiar os empresários que não têm medo de se lançar no jogo do crescimento do Brasil”, afirma Luciano Suassuna, diretor de redação do portal iG.
A premiação é concedida às empresas que se destacaram em fusões e aquisições, durante o ano de 2011, segundo critérios elaborados pelo Insper, sobre a base de dados fornecida pela PricewaterhouseCoopers.