Preocupação social e vontade de mudar o Brasil são pontos em comum entre os que optam pela carreira no setor
Os desafios para o correto desenvolvimento e gestão de políticas públicas em um país com o tamanho, diversidade cultural e a desigualdade social como o Brasil são muitas. Para que os programas e ações definidos pelos governos Federal, Estadual e Municipal saiam do papel e tenham o resultado esperado junto à sociedade, os profissionais atuam em órgãos públicos, fundações e organizações não-governamentais (ONGs), viabilizando projetos sociais em áreas como Saúde, Educação, Meio Ambiente, Moradia e Trabalho.
Ao contrário do senso comum, o desenvolvimento de políticas públicas, desde o planejamento, passando pela execução, gestão até a avaliação dos programas, não são realizados por políticos ou partidos, mas sim por profissionais com formações e especialidades diversas, como, por exemplo, advogados, economistas, engenheiros, administradores, comunicadores, cientistas sociais e educadores. Dessa forma, o perfil e o salário desses profissionais também variam de acordo com a atuação, projeto e área.
A vontade de mudar a realidade do país e a curiosidade sobre o funcionamento da máquina pública são alguns dos fatores que motivam a atuação nessa área. “Sempre tive interesse em temas sociais e de políticas públicas e na graduação percebi como poderia atuar profissionalmente com isso em aulas como Econometria e Economia do Setor Público”, destaca Karina Bugarin, pesquisadora na área e formada em Economia no Insper em 2008. “Existem diversas áreas para atuação de economistas no setor, como Gestão de Programas, Avaliação e Orçamento. Para isso, é importante ter um bom domínio dos ensinamentos-base da Economia, além de estudar e entender as especificidades da Economia do Setor Público, que tem um planejamento de orçamento distinto do privado, por exemplo”, orienta Bugarin.
Entender como funciona o setor público e engajamento para mudar a realidade da população são algumas das características que os profissionais que escolhem trabalhar na área compartilham. “Não é fácil atuar no setor público, apesar de muitos acharem e afirmarem isso. Se você quiser ser um bom gestor público é necessário que haja dedicação e resiliência”, destaca Caroline Monteiro, que tem formação em Administração, cursa atualmente o Programa Avançado em Gestão Pública do Insper (PAGP) e atua na Gestão de Governo e Finanças da Prefeitura de Jundiaí (SP).
Desafios
Compreender os desafios das políticas públicas e o motivo pelos quais alguns planejamentos não são implementados é uma das funções dos profissionais que se dedicam à gestão dos programas, como Caroline Donegá Cavallari. Aluna do programa Avançado de Gestão Pública do Insper, Cavallari tem formação em Relações Internacionais, e trabalha como gestora de Projetos na área de Educação. “É importante ir a campo conversar com os profissionais que atuam na ponta e, principalmente, entender a realidade daquela comunidade, para avaliar se o programa atende às especificidades locais”, exemplifica.
Trabalhar no setor nem sempre é fácil e muitas vezes o esforço do trabalho não gera resultados imediatos na avaliação de Monteiro. “Mas quando esse esforço é bem direcionado e bem executado, o resultado para a sociedade sempre chega. Poucas coisas me fazem tão bem quanto passar por algum local e saber que algo que fiz ajudou a melhorar a vida das pessoas daquela região”, lembra. “Ao trabalhar com políticas públicas, passei a conhecer o Brasil de uma forma muito diferente, pude conhecer gente com muita garra e que move o mundo para que os resultados aconteçam. Tem muita coisa boa sendo feita e que poucas pessoas conhecem ainda”, complementa Cavallari.
“Acredito que todo mundo deveria ter uma experiência no Setor Público. A atuação nessa esfera cria uma consciência cidadã muito forte. Ajuda a entender como realmente funciona o governo e permite que se trabalhe efetivamente por um Brasil melhor”, conclui Bugarin.
Programas
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Nos cursos Lato e Stricto Sensu do Insper esses e outros desafios são explorados. O Mestrado Profissional em Políticas Públicas (MPP) oferece uma rigorosa formação analítica e metodológica para possibilitar aos alunos o uso de evidências na formulação, na escolha de alternativas de ação, na implementação e na avaliação de políticas públicas. Já no Programa Avançado em Gestão Pública (PAGP), o aluno dialoga diretamente com a realidade de organizações públicas parceiras por meio de um projeto aplicado em campo.
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