Fonte: Infomoney – 29/3/2017
No Visão Macro desta semana, o sócio da 4E Consultoria e professor do Insper, Juan Jensen, explica se este “remédio amargo” é mesmo a única alternativa para a situação das contas públicas atualmente.
SÃO PAULO – O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deve anunciar ainda nesta quarta-feira (29) o contingenciamento do Orçamento e uma elevação de impostos para cobrir o rombo de R$ 58,2 bilhões nas contas públicas de 2017. O objetivo é não estourar a meta fiscal, que já contempla um déficit de R$ 139 bilhões.
No Visão Macro desta semana, o sócio da 4E consultoria e professor do Insper, Juan Jensen, comenta os efeitos positivos e negativos da elevação de impostos, as alternativas que o governo tem para solucionar o desequilíbrio das contas públicas públicas e se o “remédio amargo” é mesmo a única alternativa atualmente.
No primeiro bloco, o economista explica como o desequilíbrio das contas públicas e um eventual descumprimento da meta fiscal pode afetar negativamente a economia. “O ajuste fiscal é fundamental para que os empresário e as famílias possam conviver com taxas de juros mais baixas”, exemplificou.
Jensen alertou, porém, que o Brasil deve levar pelo menos quatro anos para entregar um resultado primário positivo e até uma década para reequilibrar a situação fiscal. “Um movimento de ajuste fiscal que vem com aumento de carga tributária tem que durar pelo menos dez anos. Então é difícil convencer que é algo provisório”, disse.
No segundo bloco, o especialista destaca que mais importante que o cumprimento da meta fiscal deste ano é a aprovação da reforma previdenciária, que tornará possível o reequilíbrio das contas públicas nos próximos anos. “Se o governo cumprir a meta, mas não aprovar a reforma da Previdência o humor do mercado vira: a bolsa cai, a percepção de risco aumenta, o câmbio desvaloriza”, afirmou.
Juan Jensen – No Visão Macro desta semana, o sócio da 4E Consultoria e professor do Insper, explica se este “remédio amargo” é mesmo a única alternativa para a situação das contas públicas atualmente.