Volume de investimentos em startups do setor financeiro no país ultrapassou a marca de 3,8 bilhões de dólares em 2021
Bernardo Vianna
Para o Banco Central do Brasil, uma fintech — termo que deriva das palavras em inglês financial e technology — é uma empresa que gera inovação no mercado financeiro por meio do uso intensivo de tecnologia e que, com isso, tem potencial para criar novos modelos de negócio. As fintechs brasileiras, atualmente, já estão empreendendo em todo o tipo de atividade financeira, com empresas buscando inovação por meio da tecnologia nos setores de crédito, de pagamentos, de gestão financeira, de seguros, de negociação de dívidas e de câmbio, entre outros.
Trata-se de um nicho de mercado em ascensão — o número de empresas quadruplicou em menos de 10 anos. Da mesma forma, enquanto o volume total de investimentos em fintechs brasileiras, em 2013, foi de cerca de 20 milhões de dólares, esse valor, em 2021, ultrapassou os 3,8 bilhões.
Embora estejam presentes em todo o país, há uma forte concentração de fintechs na região Sudeste, mais especificamente no estado de São Paulo, onde estão sediadas 45% dessas empresas. Vale ressaltar, porém, que a sede da startup não limita sua área de abrangência geográfica, uma vez que os serviços prestados se valem de tecnologia digital para chegar aos clientes em qualquer canto do país onde haja conexão com a internet.
O modelo de negócio mais comum entre as fintechs brasileiras, em termos de público-alvo, é o de oferecer soluções exclusivamente para outras empresas, o chamado business-to-business, ou B2B. Em segundo lugar está a oferta de serviços exclusivamente para o consumidor final, o business-to-consumer, ou B2C. Somados, os dois modelos correspondem a três quartos do mercado. Além deles, encontramos o B2B2C, modelo no qual a venda para o consumidor é facilitada por outra empresa, e outros modelos híbridos.