Em palestra, Beat Brändli, da Universidade de St. Gallen, aborda o surgimento e desenvolvimento do sistema de combate à lavagem de dinheiro na Suíça
No dia 5 de novembro, recebemos Beat Brändli, da Universidade de St. Gallen, para uma palestra sobre o surgimento e desenvolvimento do sistema de combate à lavagem de dinheiro na Suíça. Também foram discutidas a evolução e o desenvolvimento da luta internacional contra a lavagem de dinheiro.
O conceito de lavagem de dinheiro e as razões para combatê-la foram os aspectos iniciais abordados por Brändli. “A Suprema Corte da Suíça define lavagem de dinheiro como o processo de ocultar ou disfarçar ativos de origem ilegal, a fim de criar a impressão de que foram adquiridos legalmente. Os ativos originalmente ‘sujos’ são ‘lavados’ por esse processo e depois reintroduzidos no ciclo econômico legal”.
Entre as razões para combater a lavagem de dinheiro, Brändli destacou que ao detectar e bloquear a tentativa de tornar o dinheiro ‘limpo’, o delito principal que origina esse processo também deva ser descoberto. Na sequência, foi explicada a história dos esforços para combater a lavagem de dinheiro na Suíça, iniciada após escândalos conhecidos como Texxon-Affair ou Chiasso-Scandal, em 1977, e aprimorada com a adaptação aos desenvolvimentos internacionais após o caso Lebanon-Connection, até chegar ao cenário atual.
“Hoje, a luta contra a lavagem de dinheiro transformou-se em uma tarefa que também combate o financiamento do terrorismo e delitos fiscais”, ressaltou Brändli.
Graduação e pesquisa – Beat ainda participou de atividades na Graduação, em aula de Luciana Yeung, e de seminário de pesquisa com o tema The Law and Economics of Collective Redress in Switzerland.
As atividades são fruto de parceria entre nossa escola e a Universidade de St. Gallen (Suíça). A iniciativa proporciona, desde 2009, o intercâmbio de professores entre as duas instituições. “Essa ação é importante para estreitar laços com instituições parceiras, trocar experiências entre alunos e professores, conhecer e aprender melhores práticas e promover trocas de pesquisa, bem como proporcionar atividades de internacionalização”, destaca Ana Carolina Oliveira de Souza, especialista de Relações Internacionais do Insper.
Assista à palestra na íntegra: