O conceito “mundo VUCA” (Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity) tem ganhado espaço no meio corporativo nos últimos anos. Seu significado traduz o que os profissionais, principalmente os que estão em posição de liderança, têm enfrentado no dia a dia das organizações: volátil, incerto, complexo e ambíguo. Diante dessa nova realidade, algumas competências são exigidas para que consigam liderar nesse ambiente interconectado, com diversas tecnologias à disposição e com uma nova geração ingressando no mercado de trabalho.

“A volatilidade está relacionada com a natureza dinâmica da mudança das coisas. A incerteza diz respeito à falta de previsibilidade dos eventos. A complexidade refere-se à diversidade de conexões existentes e a interdependência entre elas. Enquanto a ambuiguidade trata da possibilidade de múltiplas interpretações para um mesmo fato”, explica Maria Elisa Moreira, psicóloga e professora do Insper.
Um levantamento feito pela KPMG, em 2017, aponta que 48% dos CEOs consideram que inteligência emocional é tão importante quanto habilidades técnicas. Outro dado relacionado com o “mundo VUCA” é que 72% dos CEOs consideram que os próximos três anos serão muito mais difíceis de gerir do que os 50 anos anteriores.
Esse novo conceito impacta em todos os tipos de relações que são estabelecidas na vida pessoal e profissional, além de modificar a forma com que se consome os produtos e serviços. E, ainda, promove o surgimento de novas profissões, fazendo com que tudo seja repensado nas organizações.
“O líder deve aprender novas formas de se relacionar com as pessoas, novas formas de compreender os resultados coletivos e individuais, deve estimular a criatividade e o aprendizado, dele e de suas equipes”, indica Maria Elisa.

Outras possibilidades também surgem e o caminho mais indicado pelas especialistas é a resiliência, ou seja, a capacidade de se manter positivo diante das adversidades, conseguindo encontrar soluções, se envolver de maneira construtiva nos desafios e ter pró-atividade.
“Há três aspectos da resiliência. Do ponto de vista afetivo, é como me sinto diante das situações. O cognitivo é o que eu penso e como eu penso. O comportamental é o que eu faço. Isso ajuda a não gerar imobilidade e sempre haver uma reação”, finaliza Leni Hidalgo, professora do Insper.
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