As empresas e o perfil de seus gestores mudam tão rápido quanto a sociedade em que estão inseridos. Atualmente discute-se muito qual o papel dos líderes e qual a fórmula ideal para gerir equipes com perfis tão diferentes entre si, com gerações e culturas diversas. Dois alumni do Insper contam as características e habilidades que destacam como necessárias para quem está em posição de liderança a partir das suas trajetórias profissionais.
Para Fernanda Viana Davidovici, da Karavel Corporate Finance, não importa o tamanho da equipe, o gestor precisa saber lidar com as necessidades de seus colaboradores para manter um time coeso com foco em resultados. “Aprendi muito do papel de líder com as experiências que tive no mercado, não somente atuando como gestora, mas também observando meus pares e, principalmente, meus clientes”, conta Davidovici.
Formada em 2006 em Administração pelo Insper, a executiva acredita que muito do que foi ensinado foi essencial para sua construção como profissional. “As aulas de Liderança e Negociação na graduação, junto de outros cursos que também fiz no Insper, me deram uma perspectiva interessante das diferenças entre líderes de grandes empresas, de companhias familiares e de empreendedores”, explica. Atualmente, Fernanda Davidovici é gerente na Karavel, uma boutique de Fusões e Aquisições, onde é desafiada constantemente a atuar com líderes dos mais diversos perfis dentro de seus clientes.
Para Hugo Kovac, CFO da 99 Jobs, a escuta ativa pode fazer toda a diferença. “As pessoas em geral têm o costume de querer se antecipar e não ouvem com calma e compreensão as demandas do outro”, analisa. “As aulas no Insper me deram a base técnica necessária para encarar o mercado, mas o que me trouxe habilidades relacionais e emocionais, que entendo serem as mais importantes em cargos de liderança, foram os projetos sociais e as entidades estudantis em que participei intensamente”, acredita.
Kovac formou-se em Administração pelo Insper em 2010. Presidiu o GAS por dois anos e meio e conseguiu ampliar o número de voluntários de dez para 60 participantes. Em sua carreira, teve passagens pelo INDG como estagiário, seguindo para a Escola São Paulo como gestor geral, onde se tornou sócio um ano depois. Co-empreendeu na SEED e há dois anos segue como CFO na 99 Jobs. Com forte interesse em ações de cunho social, fundou o projeto Abacaxi, em que dedica parte de seu tempo e de voluntários a capacitar nano-empreendedores em regiões de baixa renda de São Paulo.
Fernanda Davidovici também decidiu empreender, sendo co-investidora em um e-commerce no México. “Tive de ser líder à distância, lidando com fuso horário, com diferentes costumes e culturas, e aprendendo a processar e respeitar tudo isso”, conclui.
Os dois alumni são unânimes ao destacar as habilidades que devem estar no perfil dos novos líderes: paciência, resiliência, escuta ativa, empatia, dedicação e alto nível de inteligência emocional.