No dia 22 de abril, realizamos o webinar Atraindo Investimentos de Private Equity: o que as gestoras mais valorizam em suas avaliações. O seminário virtual apresentou o resultado da pesquisa Atraindo Investimentos de Private Equity: o que as Gestoras mais valorizam em suas Avaliações, desenvolvida pela Ártica e pelo Centro de Finanças do Insper (CeFi) e promoveu debate sobre os resultados do estudo e os desafios impostos pela crise da Covid-19 a gestoras e empresas brasileiras.
Andrea Minardi, Professora Senior Fellow do Insper e do curso online Private Equity & Venture Capital: Investimento e Governança, iniciou a apresentação abordando os resultados da pesquisa, realizada on-line com 42 gestoras de Private Equity, que representam 45% do número total de gestoras mapeadas pela ABVCAP e Ártica no Brasil.
O estudo traz, entre suas principais conclusões, que os atributos financeiros mais importantes em relação às empresas, para as gestoras, são o crescimento constante e alta rentabilidade. Informações gerenciais confiáveis e bem organizadas é o fator mais relevante de governança corporativa. Potencial de crescimento orgânico e reputação do empresário figuram como relevantes potenciais de criação de valor. Na governança corporativa, informações gerenciais confiáveis e bem organizadas entram em destaque. Entre as práticas gerenciais, possuir monitoramento de KPIs aparece como a que mais importa. Já a informalidade na receita é a prática de maior preocupação.
Andrea Minardi ressaltou que a pareceria com um fundo de Private Equity pode ser bastante benéfica para o empresário e, para isso, é fundamental que ele se prepare: pode ser a diferença entre receber várias propostas de fundos de Private Equity e negociar a que mais o agrada, e não receber nenhuma proposta.
“O estudo traz recomendações aos empresários como priorizar os fatores mais valorizados pelas gestoras de Private Equity: as empresas não conseguem estar 100% prontas, então é necessário saber o que é mais relevante e começar a preparação por estes pontos. E com a mesma diligência com a qual se prepara, é necessário que o empresário seja diligente na escolha de seu futuro sócio, triangulando diferentes fontes de informações a respeito dos gestores para tomar sua decisão final”, ressaltou Andrea.
Para Diego Batista, Co-fundador e Partner do Ártica, o desenvolvimento de conhecimento, como o realizado por meio desse estudo, é uma forma de aproximar empresários e investidores. “No dia a dia, vemos muita desinformação e as vezes até receio do empresário em relação a essa fonte de recurso. E parte do sucesso da transação passa pela relação de confiança entre as partes. Para construí-la, é necessário que elas se conheçam, e esse estudo vem colaborar nesse sentido”.
Na sequência, foi realizado um debate com Piero Minardi, que lidera os esforços de investimento da Warburg Pincus na América Latina e com Daniel Borghi, sócio e membro do Comitê Executivo da Créscera Investimento, no qual foram abordados, além dos resultados da pesquisa, pontos como o papel do Private Equity neste momento de crise e a perspectiva em relação ao novo normal a ser enfrentado no ponto de vista das empresas que recebem esse investimento.