A China amplia a vantagem como o principal destino das exportações do agronegócio brasileiro
O desempenho das exportações do agronegócio em 2021 foi favorável ao Brasil, atingindo o valor recorde nominal de quase 121 bilhões de dólares. Isso representou uma alta de cerca de 20% em relação ao valor exportado em 2020 e contribuiu para o saldo positivo da balança comercial brasileira, assim como para um grande influxo de divisas do setor.
O resultado positivo se deveu à firme demanda da China e ao alto patamar de preços internacionais (em dólares) pagos pelas principais commodities exportadas pelo Brasil, uma vez que houve redução no volume embarcado em relação ao ano anterior, com uma queda de aproximadamente 8%.
Com relação a produtos, entre os grupos de maior valor exportado pelo país destacam-se os crescimentos verificados em complexo soja (36%), produtos florestais (22%) e café (15%). Milho apresentou uma queda de 28,5%, resultado da quebra da safra 2021/22 em consequência do clima adverso para a cultura nas principais regiões produtoras do país.
Quanto aos destinos, destaca-se o crescimento em valor exportado para a China (alta de quase 19%). Esse país representou 35,5% do total das exportações do agronegócio brasileiro em 2021. Outros destinos asiáticos também vêm ganhando representatividade, bem como o Oriente Médio e o Norte da África (Mena), regiões que vêm mantendo a tendência de crescimento acima do apresentado por mercados ocidentais, como a União Europeia, a América Latina, os Estados Unidos e o Canadá.
Os dados dos quadros estão em valores correntes e consideram a classificação do agronegócio conforme os critérios do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).