06/09/2022
Estudo global avaliou a situação dos países em áreas como acessibilidade da internet, infraestrutura digital e governo eletrônico
O Brasil se classificou em 56º lugar num ranking global de qualidade de vida digital, que avalia a situação dos países em cinco pilares: acessibilidade da internet, qualidade da internet, infraestrutura eletrônica, segurança eletrônica e governo eletrônico.
O levantamento, elaborado pela empresa de segurança cibernética Surfshark, mede a qualidade de vida digital em 110 países, o correspondente a 90% da população global. É a terceira edição do estudo, divulgado em agosto, com dados de 2021. Em relação à pesquisa anterior, o Brasil subiu duas posições.
Cada um dos cinco pilares tem peso de 20% no índice de qualidade de vida digital, que varia de 0 a 1— quanto mais próximo de 1, melhor a avaliação. No ranking geral, a Dinamarca despontou em 1º lugar, seguida da Coreia do Sul e da Finlândia.
Na América do Sul, o Brasil ficou atrás do Chile (43º) e da Argentina (49º).
O pilar de acessibilidade da internet foi aquele em que o Brasil teve pior avaliação: ficou em 78º lugar. Esse pilar leva em conta o tempo que as pessoas precisam trabalhar para conseguir pagar a sua conexão com a internet. Uma internet menos acessível em termos do preço prejudica o bem-estar digital geral.
Já o pilar da qualidade da internet mede a velocidade e a estabilidade da conexão com a rede mundial de computadores. Conexões lentas e instáveis inibem o uso diário e diminuem a eficiência do trabalho, enquanto uma internet rápida e estável permite que as pessoas se comuniquem melhor e desfrutem de conteúdo de alta qualidade. Nesse pilar, o Brasil ficou em 44º lugar entre os 110 países avaliados.
O pilar da infraestrutura eletrônica avalia quão desenvolvido e inclusivo é o conjunto de instalações e equipamentos eletrônicos existentes em um país. Uma infraestrutura eletrônica altamente funcional permite que as pessoas usem a internet diariamente para diversos fins, como estudo, comércio eletrônico, entretenimento, bancos e outros. Isso equivale a ter uma melhor experiência digital. Nesse pilar, o Brasil ficou em 70º lugar.
A segurança eletrônica mede quão seguras e protegidas as pessoas se sentem em um país. A segurança eletrônica mostra a preparação de um país para combater crimes cibernéticos e seu compromisso em proteger a privacidade online de qualquer indivíduo. O Brasil ficou em 60º lugar nesse pilar, no qual, surpreendentemente, se destacam países menos badalados — a Grécia obteve a pontuação máxima e ficou em 1º lugar.
Por fim, o pilar de governo eletrônico avalia quão avançados e digitalizados são os serviços públicos de um país. Um bom governo eletrônico ajuda a minimizar a burocracia, reduzir a corrupção e aumentar a transparência do setor público. Também melhora a eficiência dos serviços públicos e ajuda as pessoas a economizar tempo, influenciando a qualidade de suas vidas digitais. Esse foi o pilar em que o Brasil obteve a melhor classificação: 42º lugar. Os Estados Unidos ficaram no topo.