19/02/2021
Transformar a realidade, liderando através do exemplo, é um dos princípios que o Insper carrega em suas iniciativas sociais
No dia 20 de fevereiro é comemorado o Dia Mundial da Justiça Social. A data foi declarada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2007 e foi criada com o intuito de defender as metas da ONU de eliminação da pobreza e da discriminação, e proporcionar solidariedade, harmonia e o bem-estar da população.
O Insper tem como pilar de sustentação a busca por agregar valor através da educação, apoiando a resolução de problemas complexos da nossa sociedade. Como um centro de referência em educação e geração de conhecimento, a escola também se coloca a serviço da inovação focada na transformação social do Brasil.
Além de visar o desenvolvimento de líderes e profissionais inovadores, da Graduação às demais etapas de suas vidas, o Insper está inserido nos debates da sociedade e, por conta disso, propõe iniciativas para a inclusão social e o fomento à diversidade, dentro e fora da instituição.
Conheça algumas iniciativas do Insper focadas na Justiça Social:
Vestibular
A forma de ingresso nos cursos de Graduação do Insper é feita através da realização do Vestibular que ocorre em todos os semestres. Todos os anos, recebemos uma grande quantidade de jovens interessados em se tornar alunos da instituição. Dentro desse cenário, há um grande esforço da escola por aumentar a diversidade dos participantes, nos critérios regionais, sócio-econômicos e raciais.
Para Tadeu da Ponte, coordenador dos Processos Seletivos da Graduação do Insper, a busca por uma maior pluralidade entre os candidatos do Vestibular é um dos objetivos da instituição. “Fizemos um grande trabalho de divulgação do nosso processo seletivo em regiões que antes tinham poucos candidatos, como o Nordeste, chegamos a aplicar o vestibular no território. Esse esforço rendeu frutos espetaculares, com o aumento expressivo de inscritos nessas regiões”. As últimas duas edições do Vestibular também contaram com uma novidade, com a realização de todas as provas no formato remoto, visando a maior segurança dos candidatos.
Neste ano, outra novidade foi a parceria do Insper com a Educafro, Organização Não-Governamental que trabalha com a inserção de jovens negros no Ensino Superior. “Essa é uma nova etapa, na qual queremos expandir nosso processo seletivo para novas frentes, aumentando cada vez mais a diversidade racial de nossos candidatos”, diz Tadeu.
Programa de Bolsas
Junto com os esforços para atrair mais diversidade entre os candidatos do Vestibular, há também um esforço do Insper para garantir a permanência dos estudantes que ingressarem em seus cursos. Para isso, foi proposto o Programa de Bolsas Insper, uma das principais iniciativas da escola pela possibilidade de impactar positivamente a vida de centenas de talentos.
Ao todo, nos últimos 15 anos, o Programa transformou a vida de mais de 500 alunos, a partir do financiamento com algum tipo de bolsa de estudos. Para Ana Carolina Velasco, Gerente de Relacionamento Institucional do Insper, o programa é fruto da solidariedade da comunidade Insper. “O Programa de Bolsas só se concretiza por meio de doações, recebidas durante todo o ano e também em campanhas de arrecadação. O melhor é ver alunos, bolsistas e não bolsistas, se engajando para conseguir mais fundos, por entender a importância da diversidade na escola. Estamos todos juntos nessa causa”.
Comissão de Diversidade
Também focada no acolhimento e incentivo à Diversidade, o Insper possui duas comissões focadas em viabilizar ações para atrair e manter na escola alunos diversos. A Comissão de Diversidade do Insper surgiu em 2018, resultado do Projeto de Gestão de Pessoas, criado para entender uma série de demandas dos colaboradores. A iniciativa tornou-se um instrumento fundamental para impulsionar ações que tornam o ambiente mais inclusivo e diverso. Já a Comissão de Acessibilidade foi constituída em 2016 e atualmente é a principal responsável por elaborar, aprovar e acompanhar as ações de acessibilidade no Insper.
Bruna Arruda é Professora da Engenharia e Coordenadora das Comissões de Acessibilidade e Diversidade e também esteve envolvida na concepção do Coletivo Raposas Negras, entidade organizada pelas alunas e alunos negros do Insper. “Quando entrei em uma faculdade de Engenharia, na minha Graduação, e descobri ser a única mulher negra do curso, essa realidade começou a me chamar a atenção. Fui percebendo que ser mulher, negra, professora e engenheira em um país como o nosso é um desafio muito grande”, relata Bruna.
A Comissão de Diversidade, que nasceu como um espaço de acolhimento e foi ganhando cada vez mais espaço para criar ações de impacto, hoje é uma importante iniciativa dentro da estratégia da escola para a inclusão de alunos e professores. “Nossa sociedade é diversa, mas muitas vezes os ambientes não conseguem ter essa representação da diversidade em seus espaços. A ideia da inclusão é que as pessoas possam se desenvolver na nossa sociedade de forma igualitária, podendo dessa forma se sentir pertencentes a essa sociedade”, diz Bruna
Projeto Campo Favela
Outra iniciativa importante que também tem o intuito de fomentar a justiça social é o Projeto Campo Favela, iniciativa liderada por Lars Sanches, André Duarte, Adalto Barbaceia Gonçalves, Carla Ramos e Giuliana Isabella, professores do Insper, para conectar a produção de pequenos agricultores com favelas de São Paulo que sofrem com a falta de alimentos por conta da queda de renda e isolamento social.
Lars Sanchez conta que já havia um interesse de alguns pesquisadores do Insper em entender o funcionamento da logística em favelas, buscando compreender suas cadeias de suprimento. “Após essa primeira imersão, fiz uma pesquisa focada na distribuição de frutas e verduras para populações carentes e, em parceria com a London School of Economics, nos debruçamos sobre essa temática, discutindo com gestores públicos e líderes de associações locais”, explica o professor.
Com a chegada da pandemia e da quarentena no Brasil, os pesquisadores envolvidos viram uma situação na qual havia um risco de desabastecimento alimentar nas favelas, ao mesmo tempo que poderia haver descarte de alimentos, devido ao fechamento de restaurantes. Com isso, foi proposta a criação do Projeto Campo Favela, como uma forma de mitigar os efeitos deste cenário, tanto para produtores, quanto para as populações vulneráveis.
“O projeto assumiu uma amplitude muito maior do que imaginamos no início, alcançando mais de 3 milhões de reais em doações, expandindo as ações para outros estados além de São Paulo, interligando produtores rurais às comunidades com produtos de qualidade e envolvendo alunos e professores do Insper” relatou Lars.