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Conhece o "Monstrão"? Saiba mais sobre o supercomputador do Insper
15/02/2022
Com 2 terabytes de memória, 250 vezes a de um computador de uso pessoal, a máquina é utilizada pelos alunos, pesquisadores e professores da instituição
Tiago Cordeiro
Universidades de ponta costumam utilizar supercomputadores para desenvolver pesquisas. Alunos de estágios mais avançados da formação têm contato com essas máquinas, que permitem processar dados com uma agilidade muito maior. Mas, em geral, os estudantes de graduação não podem utilizar esse tipo de equipamento.
No Insper é diferente. O supercomputador à disposição dos cursos de tecnologia é tão acessível que os estudantes, professores e pesquisadores deram a ele um apelido carinhoso: Monstrão.
Composto por dois servidores, adquiridos da empresa Supermicro, a maior fornecedora de servidores de alto desempenho dos Estados Unidos, a máquina é uma GPU SuperWorkstation 7049GP-TRT. A aquisição do primeiro dos servidores se deu em 2019. O segundo chegou em 2020, quando foi criado o cluster, ou seja, a junção do poder computacional dos servidores.
“Ela foi colocada para testes logo que chegou nas disciplinas de Supercomputação e Machine Learning. Vimos então a necessidade de criar um cluster com duas máquinas para fornecer poder computacional de ponta para os alunos da graduação em Engenharia de Computação”, diz o engenheiro Tiago Demay, técnico do Laboratório de Redes e Supercomputação do Insper.
O Monstrão está localizado no subsolo do prédio 2 da escola, em uma sala de servidores. Há planos de, no futuro, deslocá-lo para o Laboratório de Redes e Supercomputação da instituição. A máquina conta com dois processadores Intel Xeon Gold 5115 em cada servidor, possui 15 terabytes de armazenamento HDD e SSD, 30 vezes a capacidade de um computador comum, e 2 terabytes de memória, 250 vezes a de uma máquina de uso pessoal.
64 alunos simultaneamente
“O apelido de Monstrão foi dado em brincadeiras, comparando o poder de processamento que tínhamos em laptops de ponta ou até mesmo em servidores em nuvem com a velocidade e o poder computacional do novo equipamento”, diz Demay. O gerenciamento da máquina é realizado pelo próprio laboratório de redes e supercomputação do Insper.
O Monstrão é utilizado principalmente nas disciplinas de graduação, como Supercomputação, Machine Learning, NLP e Tecnologias Hacker. “Também auxilia em outras frentes, como os projetos finais de engenharia em todas as áreas, como Computação, Mecatrônica e Mecânica, e, em menor escala, em algumas pesquisas e testes para melhoria contínua do curso de computação”, diz o técnico.
O escopo de utilização é diferente em cada disciplina. “Em Supercomputação, é entregue uma máquina virtual, padronizada e instalada com as ferramentas necessárias para a aula”, informa o técnico. O acesso é feito via infraestrutura de redes do Insper e pode ser feito de qualquer lugar, entregando poder computacional a qualquer hora do dia, sete dias na semana.
“As placas gráficas (GPU) para cálculo e processamento numérico são subdivididas e entregues conforme demandas e suportam 64 alunos atuando simultaneamente. Já as máquinas virtuais que exigem somente CPU são criadas sob agendamento e não têm uma quantidade definida para rodarem simultaneamente, já que dependem da configuração dos recursos necessários”.
Ao fim de 2021, havia 100 máquinas virtuais rodando dentro do Monstrão, utilizadas pelas diversas disciplinas da graduação. A chegada do novo curso de Ciência da Computação vai aumentar a demanda pelo uso do equipamento.
Ao cursar disciplinas eletivas em tecnologia, alunos de outros cursos também têm acesso à máquina. Mas por que utilizá-la na graduação? É porque, no Insper, desde o início da formação universitária, os estudantes são estimulados a solucionar problemas complexos da indústria. Desenvolvem modelos de comparação genômica de vírus, por exemplo. Ao utilizar o Monstrão nessas atividades, têm contato com equipamentos capazes de dar conta das demandas de diferentes setores da economia.
O supercomputador do Insper e o engenheiro Tiago Demay
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