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Coalizão publica nota técnica sobre vacinação de crianças contra a covid-19
16/02/2022
Texto foi produzido pelo Núcleo Ciência pela Infância (NCPI), que tem o Insper entre seus fundadores e o professor Naercio Menezes Filho como coordenador em duas frentes de atuação
Criança é vacinada contra a covid-19 no Rio de Janeiro (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Tiago Cordeiro
“O cuidado com a criança em seu processo de crescimento e desenvolvimento é de extrema importância para a sua saúde, sendo fundamental a prevenção de agravos e a promoção da saúde e do desenvolvimento na infância.” O alerta está na nota técnica produzida pelo Comitê Científico do Núcleo Ciência pela Infância (NCPI), com orientações para a vacinação de crianças contra a covid-19.
“Na área da saúde, um dos grandes avanços tecnológicos foi a introdução das vacinas como uma estratégia significativa na prevenção de doenças. Portanto, a vacinação é reconhecida como um cuidado seguro para a saúde da criança”, prossegue o texto.
Assinada pelas professoras Débora Falleiros de Mello, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), Lislaine Aparecida Fracolli, da Escola de Enfermagem da USP, e Marcia Castro, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade Harvard, a nota técnica lista pesquisas e evidências que reforçam que as vacinas são seguras e cruciais para o desenvolvimento da primeira infância.
“A vacinação traz, portanto, benefícios em termos de redução da transmissão comunitária, além de possivelmente ajudar a conter o aparecimento de novas variantes”, afirma o texto. “Dado que as evidências científicas disponíveis confirmam que as vacinas contra a covid-19 são seguras e eficazes para crianças, a vacinação progressiva na população pediátrica deve contribuir para a prevenção e controle geral da covid-19.”
A nota faz parte de um amplo trabalho de produção e divulgação de informações relevantes a respeito da primeira infância, uma fase crucial para o desenvolvimento de adultos saudáveis. Cofundador do NCPI, o Insper se faz representar pelo professor Naercio Menezes Filho, que lidera duas das seis frentes de atuação do órgão, o Comitê Científico e o Centro Brasileiro de Pesquisa Aplicada à Primeira Infância (CPAPI).
Como relata o docente, o Insper participou da fundação do NCPI, formalizada em 2011. Essa história teve início na Universidade Harvard.
“São instituições respeitadas, trabalhando pro bono, com o objetivo de compartilhar com formadores de opinião e agentes governamentais dados confiáveis sobre a primeira infância, um período relativamente pouco pesquisado no Brasil”, explica o professor do Insper.
Os temas divulgados são os mais abrangentes e incluem questões como o racismo e a influência da vizinhança sobre a educação das crianças, além de artigos sobre a saúde mental dos pequenos. Fundado em 2021, o CPAPI se tornou o braço de produção de pesquisas inéditas, que são posteriormente divulgadas pelo NCPI. “São mais de 20 pesquisadores, das mais diversas áreas, tais como psiquiatria, psicologia, enfermagem, educação e economia”, diz Menezes.
Até a pandemia, gestores públicos e privados eram convidados todos os anos a participar de um curso presencial na Universidade Harvard e no Insper. A programação tinha duração de duas semanas, depois das quais os participantes desenvolviam pesquisas próprias a partir de suas cidades de residência. Uma dessas visitas, envolvendo membros do Congresso Nacional, influenciou a elaboração e a aprovação, em 2016, do Marco da Primeira Infância, que estabelece regras e princípios para a proteção integral qualificada de crianças nos primeiros anos de vida.
A nota técnica sobre vacinação, diz Menezes, faz parte desse esforço de manter um diálogo aberto e qualificado com a sociedade. “O NCPI permanece disposto a contribuir para que a primeira infância seja uma fase caracterizada pelo melhor cuidado possível”, afirma o professor.