13/09/2022
Somente em dois países (Turquia e Filipinas), os consumidores levarão mais tempo para poupar o valor do modelo lançado neste mês pela Apple
No dia 7 de setembro, durante seu evento anual de apresentação de novos produtos, a americana Apple lançou a nova versão de seu smartphone, o iPhone 14. Ainda não se sabe quando o aparelho vai chegar ao Brasil, uma vez que o Ministério da Justiça proibiu a venda do iPhone sem carregador no país. Mesmo assim, o novo modelo já aparece no site oficial da companhia nas quatro versões (iPhone 14, iPhone 14 Plus, Iphone 14 Pro e iPhone 14 Pro Max).
Pelos preços anunciados, o Brasil se mantém entre os países em que os consumidores precisam pagar mais para comprar um iPhone. Por aqui, a versão mais em conta parte de 7.599 reais — a mais cara custa 15.499 reais.
O site Picodi, especializado em cupons de desconto, divulgou o Índice iPhone 2022, uma comparação do poder de compra em diferentes países, levando em conta o salário médio dos trabalhadores e o preço de um iPhone novo. Segundo o levantamento, o brasileiro vai precisar trabalhar, em média, 74,2 dias para comprar o iPhone 14 Pro (uma versão intermediária). Essa conta foi feita com base no salário médio líquido de 2.419 reais por mês — e considerando que toda a renda obtida seja destinada a essa única finalidade.
Em relação ao levantamento do ano anterior, o número de dias de trabalho para o brasileiro poupar dinheiro suficiente para comprar um iPhone diminuiu em 5 dias. Ainda assim, entre os 46 países pesquisados pelo site, somente em dois os consumidores levam mais tempo para acumular o valor de um modelo novo do iPhone: Turquia (146,7 dias) e Filipinas (90,9 dias).
Nos Estados Unidos, onde fica a sede da Apple, os consumidores precisam trabalhar, em média, 5,7 dias para juntar dinheiro suficiente para comprar um iPhone novo. Somente na Suíça os consumidores conseguem economizar o valor de um iPhone em menos tempo: 4,6 dias de trabalho.
A Apple lançou seu primeiro iPhone em janeiro de 2007. O aparelho revolucionou o mercado ao combinar um telefone celular, um dispositivo de comunicação pela internet e um tocador de música. No primeiro ano, a Apple vendeu mais de 1,4 milhão de iPhones, obtendo uma receita de 630 milhões de dólares. Desde então, esses números cresceram exponencialmente. Em 2021, a Apple faturou 192 bilhões de dólares com a venda de 242 milhões de iPhones, o correspondente a 52% de sua receita total.
Entre as novidades do iPhone 14 está um serviço de acesso emergencial a satélites que, inicialmente, estará disponível apenas nos Estados Unidos e no Canadá. Ele permite que os usuários peçam socorro em situações de perigo onde não houver sinal telefônico. Os novos modelos também conseguem identificar caso o portador sofra um acidente grave de carro. Nesse caso, segundo a fabricante, o aparelho ligará automaticamente para serviços de resgate e alertará os contatos de emergência.