Dados do FMI mostram que o país terminou o ano de 2021 cinco posições abaixo de sua melhor colocação no ranking global de PIB
O Brasil terminou o ano de 2021 como a 12ª maior economia do mundo, a mesma posição do ano anterior, com um PIB de 1,6 trilhão de dólares, de acordo com os dados preliminares do Fundo Monetário Internacional. A melhor posição que o país alcançou entre as principais economias do mundo foi 7º lugar, posição que manteve durante cinco anos, entre 2010 e 2014. Desde então, foi ultrapassado por Índia, Itália, Canadá, Coreia do Sul e Rússia.
A perda de posições pelo Brasil ao longo dos anos ocorreu por uma combinação de baixa taxa de crescimento do PIB e da desvalorização cambial. Nos últimos anos, o real esteve entre as moedas que mais perderam valor frente ao dólar — depois de uma desvalorização acumulada de 30% em 2020, perdeu mais 7% do valor em 2021 em relação à moeda americana.
Segundo os dados do FMI, os Estados Unidos, a maior economia do mundo, fecharam o ano passado com um PIB de 22,9 trilhões de dólares, ante 16,9 trilhões da China, a segunda colocada. Quando se considera o PIB com base na paridade do poder de compra (PPC), porém, a China está à frente dos Estados Unidos. A estimativa pela PPC leva em conta o custo relativo dos bens, serviços e taxas de inflação do país, em vez de usar as taxas de câmbio do mercado internacional.
Na corrida das maiores economias do mundo, vale destacar a Coreia do Sul, que terminou o ano passado com o 10º maior PIB do planeta. Dez anos atrás, o país asiático tinha apenas a metade do PIB do Brasil e ocupava o 15º lugar.
Como destaque negativo, vale mencionar a Argentina, que em 1980 tinha um PIB maior que o do Brasil e era a 9ª maior economia do mundo. Depois da Guerra das Malvinas, em 1982, e da crise da dívida externa, o país dos hermanos despencou ladeira abaixo. Fechou o ano passado com um PIB de 455 bilhões de reais, em 28º lugar no mundo — atrás de Israel, que tem um quinto da população da Argentina.