O fim do ano está aí e, com ele, a chance de olhar para a trajetória percorrida pela escola ao longo de 2012. Se você, gestor, já colocou na sua agenda fazer um balanço dos projetos desenvolvidos, dos índices de aprendizagem, da formação docente e da relação com a comunidade, que tal incluir outro tópico nessa lista: a avaliação do seu papel como diretor? Afinal, a sua atuação – assim como os demais itens – é fundamental para o bom andamento da instituição.
A autoavaliação deve ser sua grande aliada, visto que ela permite melhorar os processos para que a escola atinja os seus objetivos de aprendizagem. Outra vantagem do uso dessa ferramenta é contagiar a equipe. “O autoconhecimento é indispensável para que o gestor analise a maneira como toma as decisões e reage diante de adversidades, mostrando a professores e funcionários que todos têm o que aprender no processo de reflexão”, afirma José Valério Macucci, professor do Insper – Instituto de Ensino e Pesquisa, em São Paulo.
Uma vez semeada internamente essa cultura, fica mais fácil envolver a comunidade nos processos de avaliação e pedir opiniões sobre os rumos da gestão. Trata-se, portanto, de levar em conta a percepção das outras pessoas sobre a sua atuação – e não somente a sua própria impressão. “Quando nos olhamos no espelho, vemos nossas qualidades, nossos defeitos e abrimo-nos às críticas”, afirma Helia Regina Cândido Ormond, diretora da EE Professora Maria Hermínia Alves, em Cuiabá.
Esse processo de análise exige maturidade de todas as partes envolvidas para que não ocorra nenhuma situação de bajulação nem sejam realizadas críticas inconsistentes – e, claro, para que os resultados sejam encarados com profissionalismo. “Quando se tem coragem de ouvir o outro, a escola sai ganhando, pois descobrimos movimentos inovadores”, afirma Maria Nilene Badeca da Costa, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).
Fonte: Gestão Escolar – 01/06/2016