03/12/2019
Evento reuniu profissionais de diversas áreas ligadas à diversidade e acessibilidade para debate sobre aspectos da cultura empresarial inclusiva
A evolução do compliance permite a ampliação do horizonte para além de políticas de prevenção de atos de corrupção e fraude. O compromisso com a ética impõe a adoção de uma cultura empresarial inclusiva e a avaliação dos riscos pela não conformidade em relação à acessibilidade e direitos da pessoa com deficiência.
Com o objetivo de estimular o diálogo com a alta liderança, profissionais das áreas jurídica, de compliance, recursos humanos, e demais interessados em diversidade e acessibilidade, promovemos no dia 28 de novembro, em parceria com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo e Aversa Araújo Advogados, o seminário Compliance, Acessibilidade e Direitos da Pessoa com Deficiência.
“O debate tem o objetivo de conquistarmos uma visão cada vez mais ampla sobre as questões que envolvem o compliance e aspectos relativos à acessibilidade, à diversidade e à inclusão de pessoas com deficiência tanto no mercado de trabalho como nas demais esferas da sociedade”, disse Cid Torquato, Secretário Municipal da Pessoa com Deficiência da cidade de São Paulo.
Evolução do compliance e cultura inclusiva
Ivone Santana, fundadora do Instituto Modo Parités, abordou a construção da Rede Empresarial de Inclusão Social, explicou a atuação do Instituto no estabelecimento de pontes entre interesses sociais e corporativos, com o objetivo de incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho e ressaltou a falta de representatividade inclusive nos meios digitais.
“Uma busca por um termo como ‘criança linda’ não retorna imagem de criança negra ou com deficiência. O termo ‘pessoa com deficiência’ não traz imagem de pessoas com deficiência, apenas símbolos. Isso reflete nosso imaginário e precisamos cada vez mais de iniciativas que mudem esse cenário”, disse Ivone.
Para Marisa Peres, Diretora de Compliance da Nissan – América Latina, a inclusão de pessoas com deficiência nos ambientes de trabalho deve sempre ser pensada de modo efetiva, permitindo a evolução na carreira e a integração com os colaboradores. “Além disso, é fundamental para empresas que geram produtos para pessoas com deficiência ter essa representatividade em seu quadro”.
A trajetória da evolução do compliance e da cultura inclusiva no setor bancário foi analisada por Evandro Zuliani, da Diretoria de Autorregulação da FEBRABAN. “São 22 bancos aderentes ao compromisso voluntário de compliance nos eixos de atendimento ao consumidor, responsabilidade socioambiental e prevenção de ilícitos”.
“A diversidade é um fato. A inclusão pode acontecer por decisão ou obrigação”, ressaltou César Lavoura Romão, sócio da Aversa Araujo Advogados e membro da Comissão de Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB. Em sua fala, foram abordados exemplos de empresas multadas por não cumprirem exigências ou desrespeitarem os marcos legais e a necessidade da inclusão das questões de acessibilidade na pauta da gestão de risco das empresas.
Como sensibilizar empresas e instituições para a inclusão da Pessoa com Deficiência:
Caroline Melloni Cliber, advogada e coordenadora do Grupo de Trabalho sobre a inclusão da pessoa com deficiência do Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo (SINICESP), expôs as dificuldades encontradas para a inclusão no setor e o problema de falta de conhecimento quanto ao potencial das pessoas com deficiência. “A sensibilização de líderes, gestores e trabalhadores é o primeiro passo para a efetiva inclusão no mundo corporativo.”
As ações promovidas pelo Insper em prol da acessibilidade em seus diversos aspectos, da diversidade e da inclusão de pessoas com deficiência foram ressaltadas por Sérgio Roberto Cardoso, Professor de Sociologia e Política do Insper e membro da Comissão da Diversidade. “É cada vez mais necessário que as empresas percebam as pessoas com deficiência como profissionais que são plenamente capazes de compreender desafios e a propor soluções”.
Vinícius Barqueiro, coordenador da Comissão de Acessibilidade do Insper, afirma que o evento cumpriu sua missão. “Percebemos ainda uma grave lacuna de informação sobre leis e boas práticas quando se fala dos direitos das pessoas com deficiência. Em linha com a missão do Insper, promovemos encontros como esse, juntando poder público e iniciativa privada, para qualificar o debate e instigar melhorias nas organizações e na sociedade.”
Saiba mais sobre a acessibilidade no Insper
Comissão de AcessibilidadeA Comissão de Acessibilidade é a principal responsável por elaborar, aprovar e acompanhar as ações de acessibilidade e inclusão no Insper. O objetivo é garantir condições de igualdade aos alunos no acesso ao currículo, e garantir a todos os colaboradores, docentes, alunos e visitantes do Insper um ambiente sem barreiras arquitetônicas, pedagógicas, tecnológicas e de comunicação. Acessibilidade arquitetônicaNosso campus é certificado pela ABNT e está em conformidade com os padrões nacionais estabelecidos para acessibilidade, de forma que as pessoas com deficiência física encontram as condições necessárias para circular com autonomia:
Acessibilidade digital e comunicacionalGarantimos acessibilidade nos pontos de atendimento físico e digitais e contamos com modernos recursos de tecnologia assistiva:
Acessibilidade pedagógica e atitudinalTemos cultura de zelar por cada pessoa da nossa comunidade e isso se reflete também na acessibilidade.
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