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A normalidade se completa na família, no mercado de trabalho e na sociedade
03/06/2022
O Pilar LGBTQIA+ do Comitê Alumni de Diversidade, Equidade e Inclusão propõe ações de comunicação e inserção que agreguem experiências e histórias da comunidade Insper
Gabriel Borges, coordenador do Comitê Alumni de Diversidade, Equidade e Inclusão
Leandro Steiw
O Comitê Alumni de Diversidade, Equidade e Inclusão foi formado em 2021 e teve como um de seus pilares o LGBTQIA+. Esse pilar traçou como estratégia tratar de três contextos específicos: família, mercado de trabalho e sociedade. “Entendemos que esses seriam os pontos com os quais conseguiríamos contribuir com a nossa experiência e a nossa história, principalmente na comunidade alumni e também permeando em todas as esferas do Insper”, diz o engenheiro Gabriel Borges, primeiro líder do Pilar LGBTQIA+ e hoje também coordenador do Comitê Alumni de Diversidade, Equidade e Inclusão, que reúne ex-alunos do Insper.
Borges, que é CEO da startup ConnecData, verifica um grande desafio nessa abordagem, uma vez que família, mercado de trabalho e sociedade ainda impõem barreiras para tratar o tema LGBTQIA+ com normalidade, mesmo com todas as ações de comunicação e inserção já realizadas. “Conseguimos abordar de uma forma coerente e que despertasse interesse, para que as pessoas se sentissem envolvidas o suficiente para participar e apoiar”, afirma Borges, que se tornou alumnus depois de fazer cursos de curta duração em empreendedorismo e o MBA Executivo no Insper.
Em seu primeiro ano de atuação, o Pilar LGBTQIA+ montou uma série de programações em parceria com o Inspride, o coletivo voltado para a comunidade Insper. No Dia do Orgulho LGBTQIA+ em 2021, foi feita uma live com o Great Place to Work, focada nas ações das empresas participantes do GPTW em relação ao tratamento da temática da diversidade e, particularmente, do LGBTQIA+. “Foi a nossa primeira grande ação de comunicação, a partir da qual começamos a considerar as datas mais relevantes dentro do calendário nas quais poderíamos reforçar todos os três contextos estratégicos para a comunidade alumni e para a graduação do Insper”, diz Borges.
No final de 2021, um workshop com Debora Geep, gerente de diversidade e inclusão da empresa de mídia Thomson Reuters, abordou comunicação inclusiva e comunicação neutra com participantes de todos os pilares do comitê e convidados de toda a comunidade Insper. Segundo Borges, a ideia é sempre buscar alinhar as ações tanto com o Inspride quanto com a Comissão de Diversidade e Equidade. No próximo Dia do Orgulho, em 28 de junho, será lançado um vídeo que foi pensado pelo Comitê Alumni e que acabou se tornando um material institucional que conectou todas as esferas da comunidade Insper.
Maior acolhimento
Borges observa que o momento é de construção. “Como instituição, o Insper tem investido na questão de diversidade, com ações relacionadas inclusive à infraestrutura física da sede, para maior acolhimento”, afirma. “E temos pensado em estratégias conjuntas entre o comitê, a comissão e o Inspride para realmente desenvolver essa cultura. Sabemos que não é do dia para a noite que alcançaremos os resultados desejados. Temos um planejamento de curto, médio e longo prazos. Então, estamos nesse momento de construção e testes, começando a mensurar essas ações.”
As ações funcionam porque buscam aprendizado na trajetória de toda a comunidade. “Acreditamos que podemos fazer a diferença na sociedade e na comunidade, partindo principalmente da comunidade Insper, ou seja, dos alunos, das pessoas que estão entrando, das pessoas que estão saindo. Mas que possam levar isso também para as empresas em que trabalham, para as suas famílias. Acho que entra muito de pertencimento do Insper e também de propósito pessoal”, diz Borges.
Mesmo que sejam um microcosmo, as instituições de ensino superior estão inseridas na mesma sociedade que ergue as barreiras ao tratamento das questões LGBTQIA+. “O Insper tem uma influência muito grande, é uma escola de referência, principalmente para educação executiva. Executivos de grandes empresas passam por aqui, e uma oportunidade enorme se oferece para que eles levem esse conceito e essa cultura para dentro de suas empresas, não só para as grandes multinacionais, mas também para pequenas e médias empresas e negócios familiares”, afirma.