[{"jcr:title":"O uso da tecnologia para resolver problemas que atingem os cidadãos"},{"targetId":"id-share-1","text":"Confira mais em:","tooltipText":"Link copiado com sucesso."},{"jcr:title":"O uso da tecnologia para resolver problemas que atingem os cidadãos","jcr:description":"Próximo curso do Laboratório, sobre cidades inteligentes, mostrará como a conectividade de banda larga e centros de operação e controle podem contribuir para melhorar a qualidade de vida nas áreas urbanas"},{"subtitle":"Próximo curso do Laboratório, sobre cidades inteligentes, mostrará como a conectividade de banda larga e centros de operação e controle podem contribuir para melhorar a qualidade de vida nas áreas urbanas","author":"Ernesto Yoshida","title":"O uso da tecnologia para resolver problemas que atingem os cidadãos","content":"Próximo curso do Laboratório, sobre cidades inteligentes, mostrará como a conectividade de banda larga e centros de operação e controle podem contribuir para melhorar a qualidade de vida nas áreas urbanas   Bruno Toranzo   Os dados do Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) devem indicar que a proporção de brasileiros que vivem nas cidades está perto de 90%. Pelo Censo de 2010, edição anterior do levantamento, 84,6% da população viviam em áreas urbanas. Com tanta gente morando nas cidades, os desafios, claro, se multiplicam, especialmente em capitais como São Paulo. “O conceito de cidades inteligentes começou justamente a partir desses desafios que surgiram com o crescimento rápido e desordenado dos centros urbanos. A falta de planejamento fez com que os problemas surgissem e se tornassem maiores com o passar do tempo”, diz Mauricio Bouskela, coordenador do Núcleo de Cidades Inteligentes e Big Data do Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper e docente-líder do curso de curta duração Cidades Inteligentes: Tecnologia, Transformação Digital e Inovação Urbana, cujas [inscrições estão abertas para as aulas que se iniciam no dia 25 de abril](https://www.insper.edu.br/educacao-executiva/cursos-de-curta-duracao/insper-cidades/cidades-inteligentes/) . “O uso da tecnologia contribui para dar resposta mais eficiente em áreas como mobilidade urbana, segurança pública, gestão ambiental, incluindo água, e da energia, permitindo assim um ambiente melhor para todos”, acrescenta Bouskela, que é consultor especializado em transformação digital, cidades inteligentes e desenvolvimento urbano. Há, de acordo com o professor, quatro pilares nas cidades inteligentes que colocam no centro a melhora de vida do cidadão. São eles: conectividade de banda larga (nas praças, por exemplo, e em outros locais de intensa circulação); dispositivos conectados (como sensores, câmeras de monitoramento e GPS nos ônibus e táxis); centros de operação e controle (os locais que recebem esses dados para tomada de decisão); e interação com os cidadãos, por meio de mensagens sobre a cidade, que podem ser, por exemplo, a respeito de uma campanha de vacinação ou de uma rua fechada em determinado dia por causa de zeladoria ou obras viárias. Os centros de operação e controle, que monitoram as cidades por meio da tecnologia, têm como propósito usar os dados coletados de forma inteligente. “Se as imagens e outras informações obtidas estão mostrando que há congestionamento em determinado local e horário de forma recorrente, é possível pensar em uma estratégia para resolvê-lo ou minimizá-lo. O mesmo se aplica a uma área que esteja alagando com frequência. Essa é uma análise preditiva por meio de dados históricos, permitindo que o gestor público olhe para o passado de maneira embasada para encontrar soluções que resolvam os problemas no presente e no futuro”, afirma Bouskela.   Geração de insights a partir dos dados Os recursos tecnológicos que fazem parte da transformação digital — caso dos sensores, por exemplo – estão gerando um volume imenso de dados, que mostram o que está acontecendo efetivamente nas cidades, como as áreas deterioradas que precisam de intervenção. “Nosso celular, por si só, é um sensor potente. Ao ativar o aplicativo de trânsito, já sabemos como está o tráfego no caminho para o trabalho ou para casa. Essa conectividade instantânea tem sido igualmente cada vez mais usada pelos gestores públicos para administrar as cidades”, observa o professor. Até mesmo as ilhas de calor podem ser identificadas e minimizadas por meio dos dados fornecidos por sensores, cujos insights permitem a construção de uma política de meio ambiente eficaz voltada principalmente para essas regiões de temperatura elevada. A variação para cima do calor dentro da própria cidade em locais dominados por prédios e asfalto, sem cobertura vegetal, exige estratégia do gestor público voltada para a redução da temperatura, com o plantio, por exemplo, de mudas de árvores no canteiro central das avenidas. Ao mesmo tempo, faz parte desse processo das cidades inteligentes a participação dos cidadãos, que precisam ser seus protagonistas. “Há muitas cidades no Brasil que são enormes, não podendo contar apenas com o trabalho dos gestores e funcionários públicos”, analisa Bouskela. “A tecnologia permite que cada cidadão se envolva nos desafios urbanos, potencializando assim a capacidade de entender o que está acontecendo e de propor as soluções mais efetivas. Ele pode e deve, por exemplo, colaborar com a zeladoria, apontando para o gestor público os locais que precisam de intervenções desse tipo.”   Sistemas de IA Com a ascensão da inteligência artificial, a tomada de decisão por parte dos gestores e funcionários públicos ficou muito mais rápida. Antigamente, era necessário que o colaborador monitorasse diversas telas ao mesmo tempo. Hoje, com a IA, não há necessidade disso, já que os sistemas interpretam as imagens, os sinais, destacando anormalidades, como colisões de veículos, para que os operadores da tecnologia possam tomar as melhores e mais ágeis decisões. “Todas essas questões serão debatidas no curso de curta duração com uma abordagem voltada para o Brasil. Curitiba (PR), Niterói (RJ), Jundiaí (SP), São José dos Campos (SP), Pindamonhangaba (SP) e a capital paulista são exemplos de cidades inteligentes. São Luís, no Maranhão, e Recife, capital de Pernambuco, estão também caminhando nessa direção”, sublinha Bouskela. Em São Paulo, por exemplo, um dos grandes desafios é a mobilidade urbana, motivo pelo qual os esforços têm se concentrado em soluções como semáforos inteligentes, análise de origem e destino das pessoas e criação de mecanismos no trânsito para proteção dos motoqueiros. [Para saber mais sobre o curso Cidades Inteligentes: Tecnologia, Transformação Digital e Inovação Urbana, clique aqui.](https://ee.insper.edu.br/cursos/cidades/cidades-inteligentes-tecnologia-transformacao-digital-e-inovacao-urbana/)"}]