[{"jcr:title":"Alunos de Engenharia se preparam para imergir no Campus Mobile"},{"targetId":"id-share-1","text":"Confira mais em:","tooltipText":"Link copiado com sucesso."},{"jcr:title":"Alunos de Engenharia se preparam para imergir no Campus Mobile","jcr:description":"Dois projetos de estudantes do Insper foram selecionados na 12ª edição do concurso nacional de ideias para dispositivos móveis"},{"subtitle":"Dois projetos de estudantes do Insper foram selecionados na 12ª edição do concurso nacional de ideias para dispositivos móveis","author":"Ernesto Yoshida","title":"Alunos de Engenharia se preparam para imergir no Campus Mobile","content":"Dois projetos de estudantes do Insper foram selecionados na 12ª edição do concurso nacional de ideias para dispositivos móveis Os alunos Alison, Gabrielly e Rafaela, da Engenharia de Computação    Leandro Steiw   Dois grupos de estudantes de [Engenharia](https://www.insper.edu.br/graduacao/engenharia/) do Insper começarão a semana imersiva da 12ª edição do [Campus Mobile](https://www.institutoclaro.org.br/campus-mobile/) , um concurso nacional de ideias e soluções para dispositivos móveis, a partir de 25 de fevereiro. Os trabalhos foram desenvolvidos na disciplina Co-Design de Aplicativos, ministrada pelos professores André Santana e Luiz Fernando Durão, do segundo semestre das graduações em Engenharia de Computação, Mecânica e Mecatrônica. “Os projetos apresentados por nossos alunos para a primeira fase do Campus Mobile estão pautados pelas necessidades e pelos problemas de pessoas reais”, explica Santana. Na categoria Educação, Alison Araujo de Oliveira, Gabrielly Carneiro Susko e Rafaela de Oliveira Alexandre, da Engenharia de Computação, participam com o Projeto Horizontes, um protótipo de aplicativo que recomenda disponibilidades acadêmicas e profissionais conforme os interesses marcados pelo usuário. A ideia é permitir escolher por critérios de modalidade (presencial, remota ou híbrida), distância (nacional ou internacional) e preço (sem e com bolsas parcial ou integral). “O trabalho se destaca pelos valores sociais e por estar conectado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas, principalmente de educação de qualidade e redução das desigualdades”, diz Santana. Além disso, na etapa de co-design, o grupo entrevistou pessoas que serão usuários potenciais da plataforma. Segundo Durão, o contato com o usuário e a preocupação com suas necessidades são constantes na disciplina. “Com professores auxiliares que são formados em design, exploramos a multidisciplinaridade para mostrar ao aluno como traduzir os problemas das pessoas em soluções que possam melhorar a sociedade”, afirma o professor. O projeto também foi acompanhado pela professora auxiliar da disciplina, Maria Alice Carmargo Gonzales Monticelli. A centelha veio da experiência pessoal de Gabrielly. Terminado o ensino médio, ela mudou-se do interior do Paraná para Curitiba e, na sequência, ganhou uma bolsa para um curso preparatório para o vestibular do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Detalhe: no Ceará. “Quando cheguei a Fortaleza, fiquei até de certo modo indignada, porque descobri muitas oportunidades que eram comuns para eles e que eu simplesmente nem sabia que existiam”, recorda ela. Participação em olimpíadas de conhecimento científico, seleção para instituições do exterior e ofertas de bolsas de estudo eram informações que Gabrielly não teve enquanto estava na escola. Depois, ela já não podia mais participar. A situação repete-se em cidades do interior e na periferia das regiões metropolitanas. “Em Co-Design de Aplicativos, contei sobre esse projeto para o Alison e a Rafaela, e eles prontamente concordaram em fazermos as entrevistas e desenvolvermos uma solução que facilitasse o acesso à informação em lugares afastados dos grandes centros urbanos”, conta. As primeiras entrevistas com alguns alunos, uma professora e uma empregada doméstica reforçaram a percepção do trio. Muitos confirmaram desconhecer tantas ofertas de ensino e formação, ao mesmo tempo que outros relataram como qualquer chance oferecida havia melhorado as suas vidas. Nesse processo de descoberta, Gabrielly lembra que a equipe conheceu o termo “loteria do CEP” — em resumo, as oportunidades são determinadas pelo lugar onde as pessoas nascem. Pensando em diversidade e inclusão, o aplicativo deverá ser acessível a pessoas com baixa alfabetização e deficiência visual e auditiva, por exemplo. “Daí surge o nome Horizontes, porque gostaríamos que todos conseguissem olhar além e ampliar os seus horizontes”, diz Gabrielly. “Acho que o principal desafio e também a expectativa em relação à nossa participação no Campus Mobile é gerar um produto final que consiga, de fato, atender as necessidades desse público-alvo, dessas pessoas que desejam crescer pessoal e profissionalmente”, diz Gabrielly.   Máscaras sociais Outro projeto selecionado para a semana de imersão do Campus Mobile, com direito à orientação por especialistas da área de inovação, é o Behind the Mask, dos alunos Ananda Júlia Galvão Campelo, da Engenharia Mecatrônica, e Fernando Alzueta, da Engenharia de Computação. “O trabalho aborda uma temática que se conecta de forma mais natural com o público-alvo, e que consiste na proposta de desenvolvimento de um jogo sobre o conceito de máscaras na evolução do convívio social”, afirma Santana. A solução também utiliza recursos disponíveis nas plataformas digitais para que, por meio de dispositivos móveis, permita a imersão adequada no universo do jogo, abordando temas sensíveis do ponto de vista social. Segundo Santana, o destaque está na capacidade de envolver temas que, em um primeiro momento, não são abordados em cursos de Engenharia, mas que são vivenciados pelos jovens brasileiros: o uso de máscaras sociais para se adaptar às mudanças e exigências da sociedade. A equipe concorre na categoria Entretenimento. “O protagonista troca de máscaras para interagir com as pessoas e para evoluir no seu entorno, mas isso faz com que o personagem perca a sua essência, originalidade e autenticidade”, diz Santana. “A questão é desafiadora, e a multidisciplinaridade do tema é bastante importante.” O Behind the Mask é um projeto independente idealizado pelos dois alunos, que buscaram orientação fora da sala de aula, mas começaram a pensar na ideia desde a época da disciplina. Para os alunos de Co-Design de Aplicativos, a inscrição no Campus Mobile é opcional. Trata-se de atividade extra que conta com o apoio e a orientação dos professores, mas que expressa o interesse dos alunos em produzir trabalhos fora no escopo da disciplina. Luiz Fernando Durão observa que a turma tem um bom contato com o conceito de design centrado no usuário no semestre anterior, na disciplina Natureza do Design. “O que fazemos é guiar o aluno para que ele resolva um problema de sua escolha”, diz o professor. No processo, os alunos precisam retirar os casos de uso do aplicativo das entrevistas que são realizadas no decorrer do semestre e, com base nisso, devem refinar o conceito da solução criando protótipos em papel, em softwares de design e, finalmente, programando o protótipo em linguagem de front-end. A seleção de graduandos para a semana imersiva do Campus Mobile torna-se ainda mais valorizada porque concorrem estudantes de cursos de todo o Brasil, inclusive de mestrado e doutorado.  "}]