Experiência imersiva permite que alunos do Master in Business Management (MBM) façam um mergulho na gestão de uma empresa
Os alunos do Master in Business Management (MBM) do Insper tiveram uma aula diferente no dia 4 de setembro. A aula aconteceu no Laboratório de Realidade Virtual da escola e foi conduzida pela professora Gisele Walczak, que utilizou a tecnologia para proporcionar uma experiência de aprendizagem imersiva no mundo dos negócios.
Realidade virtual (VR, da sigla em inglês) é uma tecnologia que cria um ambiente digital tridimensional, simulando a presença física do usuário em um espaço virtual. Isso é feito com o uso de dispositivos como óculos de VR, luvas e sensores, que rastreiam os movimentos de uma pessoa e proporcionam uma experiência sensorial imersiva, incluindo visão, audição e, em alguns casos, tato.
“As ferramentas que usamos são incrivelmente importantes no processo de ensino-aprendizagem e ficam mais poderosas a cada dia. Mas o cerne de seu poder está em como elas modificam o processo de aprendizagem”, diz a professora Gisele. “Vejo nas experiências imersivas em VR uma forma de trazer para a sala de aula um conteúdo dinâmico e interativo, entregue de forma envolvente para os alunos.”
A professora observa que profissionais como cirurgiões, pilotos e astronautas já treinam em realidade virtual para potencializar o aprendizado. Também na área da saúde, simulações virtuais fornecem um ambiente que garante uma prática médica segura e humanizada, com bons resultados. “Nós, de forma pioneira, trouxemos essas experiências imersivas para o mundo dos negócios”, diz.
Durante a aula, os alunos viveram a experiência de uma empresa que passava por um período de expansão operacional e internacionalização. As mudanças no mercado exigiam a tomada de decisões. “Por meio dessa experiência em realidade virtual, os alunos se envolveram e se engajaram na atividade. Eles também mostraram compreender melhor os conceitos, o que ajudou na tomada de decisões mais assertivas”, afirma a docente.
Ela ressalta que, por si só, as simulações com a realidade virtual não ensinam nada a ninguém. “Somente expor os alunos a um ambiente virtual não garante a aprendizagem. Na verdade, essa experiência precisa ser desenhada com foco no desenvolvimento dos objetivos de aprendizagem da disciplina na qual está inserida.”
A ideia, segundo a professora Gisele, é replicar a experiência em outras turmas do MBM. “Esse é um projeto-piloto que pretendo aprimorar com o feedback dos alunos. Percebo que essa experiência de aprendizado é capaz de motivar os estudantes, que se envolvem nas atividades e querem ir além.”