[{"jcr:title":"Falta de engajamento dos trabalhadores custa 9% do PIB global, diz estudo"},{"targetId":"id-share-1","text":"Confira mais em:","tooltipText":"Link copiado com sucesso."},{"jcr:title":"Falta de engajamento dos trabalhadores custa 9% do PIB global, diz estudo","jcr:description":"Relatório do instituto Gallup aponta que quase 60% dos funcionários no mundo se encontram em situação de “quiet quitting”, ou demissão silenciosa"},{"subtitle":"Relatório do instituto Gallup aponta que quase 60% dos funcionários no mundo se encontram em situação de “quiet quitting”, ou demissão silenciosa","author":"Ernesto Yoshida","title":"Falta de engajamento dos trabalhadores custa 9% do PIB global, diz estudo","content":"Relatório do instituto Gallup aponta que quase 60% dos funcionários no mundo se encontram em situação de “quiet quitting”, ou demissão silenciosa   No mais recente [relatório](https://www.gallup.com/workplace/349484/state-of-the-global-workplace.aspx?utm_source=news&utm_medium=email&utm_campaign=front_page_email_3_june_06202023&utm_term=newsletter&utm_content=download_report_textlink_1) “State of the Global Workplace”, divulgado pelo instituto Gallup, os pesquisadores observaram que o engajamento dos trabalhadores no mundo teve um crescimento notável em 2022, atingindo o seu nível mais alto — 23% — desde que a empresa começou a fazer essa medição, em 2009. Boa parte desse ganho deveu-se a uma recuperação de 7 pontos percentuais no engajamento no sul da Ásia, que inclui a Índia, o país que neste ano se tornou o maior do mundo em população, segundo projeções da ONU. O sul da Ásia agora lidera o mundo em engajamento, com um índice de 33% de pessoas motivadas no trabalho. No entanto, em meio a esses dados positivos, o Gallup identificou um problema preocupante: quase seis em cada dez funcionários no mundo se encontram em situação de “quiet quitting” (demissão silenciosa) — os profissionais tendem a fazer só o mínimo necessário para preservar o emprego. Esse fenômeno não apenas afeta a produtividade, como também resulta em níveis mais elevados de estresse entre os trabalhadores, com implicações de longo alcance para a economia global. O estudo classifica os trabalhadores em três tipos em termos de engajamento: • Thriving at work (engajados): são funcionários que consideram seu trabalho significativo, têm orgulho do que fazem e se sentem conectados à equipe e à organização. • Quiet quitting (não engajados): são funcionários que estão apenas ocupando uma cadeira e vendo o relógio. Fazem o mínimo de esforço necessário e estão psicologicamente desconectados da organização. • Loud quitting (ativamente desengajados): são funcionários que tomam atitudes que prejudicam diretamente a organização, prejudicando seus objetivos e se opondo a seus líderes, causando crises constantes. De acordo com o relatório, a falta de engajamento dos funcionários custa à economia global impressionantes 8,8 trilhões de dólares, o equivalente a 9% do PIB global. A pesquisa do Gallup destaca o papel fundamental que a liderança e a gestão desempenham na influência da motivação no local de trabalho. Fazendo mudanças simples e baseadas em ciência nas práticas de gestão, as organizações podem explorar melhor o potencial de seus funcionários, o que levará ao crescimento econômico e à prosperidade, afirma o estudo.     Grau de estresse Embora o mundo tenha se recuperado do pior impacto da pandemia no emprego, os níveis de estresse entre os funcionários permaneceram alarmantemente altos. Em 2022, de acordo com o relatório, 44% dos funcionários disseram ter experimentado muito estresse no dia anterior em que foram entrevistados na pesquisa. Essa tendência persistiu em todas as regiões, com o leste da Ásia, incluindo a China, relatando níveis de estresse em patamares similares aos dos Estados Unidos e do Canadá. Jovens trabalhadores e funcionários em regime de teletrabalho no leste asiático apresentaram níveis particularmente altos de estresse diário, tornando-os os trabalhadores mais estressados do mundo — mais de 60% se declararam nessa condição. O alto nível de estresse pode ser devido à pressão econômica, já que muitas regiões do mundo lutam para controlar a alta inflação. O ressurgimento de oportunidades de emprego em 2022 trouxe boas notícias para os trabalhadores, oferecendo mais opções para encontrar um emprego satisfatório. No entanto, o relatório constatou que mais da metade dos trabalhadores em todo o mundo expressou algum nível de intenção de deixar seus empregos atuais, indicando que mais oportunidades de emprego podem levar a uma maior competição por talentos. Funcionários engajados demonstraram maior lealdade às suas organizações, requerendo aumentos salariais significativamente maiores para considerar uma mudança em comparação com funcionários desengajados. O relatório desmistificou o debate sobre o trabalho remoto, híbrido ou totalmente presencial, revelando que o engajamento tem uma influência maior nos níveis de estresse dos funcionários do que o local de trabalho. Ou seja, os sentimentos de pertencimento e entusiasmo no trabalho diário têm um impacto maior na redução do estresse do que o local físico onde os funcionários executam suas tarefas. Em conclusão, o relatório do Gallup serve como um alerta para que os líderes priorizem o engajamento e o bem-estar dos funcionários como fatores essenciais para impulsionar o sucesso econômico e criar locais de trabalho mais favoráveis. Ao reconhecer e abordar a questão do “quiet quitting”, as organizações podem cultivar uma força de trabalho motivada e próspera, contribuindo para um futuro mais promissor tanto para as empresas quanto para a sociedade como um todo."}]