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Startups aceleradas por universidades são comuns fora do Brasil

Assim como o Insper com a aceleradora FOKS, instituições de ensino no exterior oferecem o suporte necessário para que o empreendedor possa desenvolver seu modelo de negócios

Assim como o Insper com a aceleradora FOKS, instituições de ensino no exterior oferecem o suporte necessário para que o empreendedor possa desenvolver seu modelo de negócios

 

Bruno Toranzo

 

O movimento de criação de aceleradoras em universidades é global, com as particularidades do ecossistema empreendedor de cada país ou região. “Essa prática já tem alguns anos em mercados maduros como dos Estados Unidos, com destaque para o Vale do Silício, na Califórnia, e para a região de Boston. Israel, país conhecido pela inovação, também tem iniciativas nesse sentido, assim como nações europeias, estando entre elas Alemanha, Reino Unido e Suíça”, diz Rodrigo Amantea, coordenador do Hub de Inovação e da Educação Executiva do Insper. “Estudos mostram que startups aceleradas em universidades tiveram os resultados impactados positivamente, com performance superior à das que não se submeteram a esse processo.”

O desempenho foi melhor em termos de crescimento dos produtos ou serviços ofertados ao mercado, que, de forma geral, obtiveram sucesso superior. Também houve ganho considerável — e maior do que a média — na retenção das equipes, com a construção de times mais engajados e preparados para promover o crescimento do negócio.

Assim como a FOKS, aceleradora do Insper, esses programas de universidades estrangeiras oferecem todo o suporte necessário para que a startup desenvolva seu modelo de negócios. Isso inclui serviços de apoio, como assessorias jurídica, contábil e de marketing, além de conexão com uma extensa rede de parceiros, potencializada pelos ex-alunos que obtiveram sucesso empreendendo. “O networking é muito importante na etapa inicial da empresa, permitindo aos participantes desses programas de aceleração o contato com quem pode auxiliá-los no dia a dia em todas as áreas do negócio”, diz Amantea. “Temos visto que esse conhecimento trazido pelos mentores, complementando as habilidades dos empreendedores, faz diferença para o desenvolvimento das startups aceleradas.”

As aceleradoras, em geral, costumam trabalhar com startups que já estão em processo de crescimento, de validação, com uma carteira formada de clientes. “Na FOKS, não temos essa exigência ou preocupação, pois queremos ajudar os acelerados na estruturação do negócio para que, na sequência, possam escalar”, observa Amantea. “Também não há um tempo de entrada e saída, dependendo de cada caso, da evolução ou maturação de cada startup acelerada.”

 

Berkeley, Stanford e Harvard

Ainda segundo o especialista, a aceleradora da Universidade da Califórnia em Berkeley, chamada SkyDeck, oferece um dos melhores programas do mundo. A aceleração utiliza os recursos dessa universidade pública que está na lista global das melhores ou mais reconhecidas, por meio de uma rede formada por mentores, parceiros de negócio e potenciais investidores. São mais de 450 mentores, incluindo ex-alunos, que se reúnem com os empreendedores duas vezes por mês em sessões de até quatro horas.

Já a Universidade Stanford, também na Califórnia, não fica atrás, trabalhando todos os anos com dez startups, com o desafio de lançá-las no mercado em apenas dez semanas. Desde 2010, as startups participantes do programa já levantaram 600 milhões de dólares dos fundos de capital de risco, sendo que 60% delas continuam abertas e sobreviveram, portanto, à concorrência, geralmente alta, dos seus respectivos mercados.

Mas, em termos de capital levantado, essas duas iniciativas ainda estão longe da de Harvard, conhecida como Harvard Innovation Labs. Em mais de dez anos, 4,7 mil fundadores de empresas — provenientes de 13 escolas de Harvard — captaram mais de 4 bilhões de dólares com projetos em diferentes indústrias que impactaram os setores público e privado. “Observamos e continuamos observando essas iniciativas bem-sucedidas globais para verificar como a FOKS pode evoluir. Estamos experimentando o modus operandi da aceleradora para verificar o que faz realmente sentido e oferecer a melhor proposta de valor possível aos empreendedores”, diz Amantea.

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