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Graziela Tonin assume liderança do Women in Tech

A professora de Ciência da Computação do Insper abraça o desafio de ampliar presença feminina na tecnologia

Graziela Tonin, especialista em metodologias ágeis e professora do Insper

A professora de Ciência da Computação do Insper abraça o desafio de ampliar presença feminina na tecnologia

 

Doutora em Ciência da Computação pela Universidade de São Paulo, na área de Engenharia de Software, Dívida Técnica e Metodologias Ágeis, a cientista da computação Graziela Tonin se tornou conhecida pela carreira bem-sucedida no mercado de TI e pelo forte engajamento com causas como o empreendedorismo e o empoderamento feminino. Professora de Ciência da Computação do Insper, Graziela acaba de assumir o desafio de liderar o Women in Tech, projeto criado em dezembro de 2021 para ampliar a presença das mulheres em profissões e lideranças na área de STEM (sigla em ingês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática).

“Fiquei muito feliz ao ser convidada para essa missão”, diz a docente. “Nosso objetivo primordial é fomentar o interesse de meninas e mulheres em setores e cursos de tecnologia e engenharias e promover uma maior presença feminina, quebrando barreiras culturais que muitas vezes as afastam de carreiras na área.”
Antes de Graziela, o projeto era liderado por Ana Carolina Calçado, fundadora e presidente da Wylinka, organização voltada à inovação de base científica e tecnológica.

“A Ana Carolina foi parte fundamental no projeto”, diz Carolina Fouad, gerente do Hub de Inovação, responsável pela implementação e execução do programa. “Agora, é uma satisfação muito grande poder contar com a Graziela, que já faz parte da nossa Comissão de Diversidade.”
Uma das principais metas deste ano é promover uma imersão maior no ensino médio para captar mais candidatas para o vestibular do Insper. “Devemos levar alunas e ex-alunas do Insper para conversar com as estudantes do ensino médio e mostrar que as carreiras em STEM são acessíveis e podem muito bem ser exercidas por mulheres”, diz Graziela.

Outro objetivo é estruturar um programa de mentoria para as estudantes do Insper, conduzido em conjunto com ex-alunas e outras profissionais do mercado. “O projeto já está sendo reconhecido dentro e fora do Insper, e temos alta expectativa em expandir ainda mais o nosso impacto com o projeto neste ano”, diz Carolina.

Além disso, faz parte dos planos estreitar parcerias estratégicas, ampliar a rede de networking e dar os primeiros passos para a busca de financiamento, por meio de patrocínios. As rodas de conversas com mulheres que são role models continuarão acontecendo, além de cursos e workshops para manter o impusionamento na participação de mulheres.

Graziela aponta que um dos maiores desafios de promover a diversidade de gênero, trazendo mais mulheres para as carreiras de Exatas, é quebrar o paradigma de que o ambiente de trabalho não é inclusivo e acolhedor. “Há também a questão de que muitas meninas acham que determinadas profissões não são para elas, por motivos culturais”, explica.

 

Mudar a realidade

Segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), apenas 37% dos profissionais do setor de tecnologia são mulheres, ante 63% de homens. Nos Estados Unidos, a situação não é muito melhor. Uma pesquisa do site americano de inteligência de mercado Statista aponta que, entre 20 grandes empresas de tecnologia sediadas naquele país, apenas três têm metade de sua força de trabalho formada por mulheres. “Precisamos mudar essa realidade”, diz Graziela.

Várias ações implementadas no ano passado começaram a movimentar o mercado e aprofundar as discussões sobre a ampliação da presença feminina no setor de tecnologia e em cargos de liderança. Eventos, treinamentos e cursos realizados pelo Women in Tech em 2022 impactaram diretamente mais de 500 mulheres.

Uma iniciativa importante foi a parceria com o British Council para a oferta de treinamento em liderança para mulheres pesquisadoras, empreendedoras e profissionais de STEM. Também foram oferecidas 30 bolsas para mulheres para bootcamps de transformação digital e design thinking, realizados em conjunto com a Aalto University, da Finlândia. Trata-se de cursos de curta duração que têm como objetivo formar líderes mulheres em tecnologia.

“Em 2022, foi feita uma análise criteriosa de tudo o que foi desenvolvido, e estruturamos ações ainda mais assertivas para este ano. O programa está crescendo e deverá ter um alcance cada vez maior”, diz Graziela.“Convidamos a toda a comunidade Insper a se engajar nas causas e participar da construção desse legado, que diretamente irá contribuir para a construção de um Brasil mais justo, igualitário e próspero.”

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