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A inteligência artificial que fica por trás das câmeras

Produtora americana cria curta-metragem de 12 minutos a partir de imagens estáticas animadas com ferramenta de IA

Produtora americana cria curta-metragem de 12 minutos a partir de imagens estáticas animadas com ferramenta de IA

 

O cinema já produziu várias personagens célebres inspiradas nas possibilidades da inteligência artificial — desde o supercomputador HAL 9000, do filme 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968), até o replicante Roy Batty, de Blade Runner, O Caçador de Androides (1982). Agora a inteligência artificial vai atrás das câmeras para produzir filmes inteiros. É o caso de The Frost, um curta-metragem de 12 minutos, produzido pela Waymark, uma empresa de criação de vídeos de Detroit, nos Estados Unidos.

Para fazer The Frost, a Waymark pegou um roteiro escrito por Josh Rubin, produtor executivo da empresa que dirigiu o filme, e o alimentou com o modelo de criação de imagens DALL-E 2, da OpenAI (a mesma empresa que criou o ChatGPT). Em seguida, os produtores usaram o D-ID, uma ferramenta de IA que pode adicionar movimento a imagens estáticas, para animar essas fotos, fazendo os olhos piscarem e os lábios se moverem — o resultado é, por vezes, grotesco e pode decepcionar quem esperar ver cenas mais realistas.

Ainda assim, segundo uma reportagem publicada na MIT Technology Review, o vídeo é capaz de provocar “experiências surreais e perturbadoras”. “Este é certamente o primeiro filme de IA generativa que vi em que o estilo parece consistente”, disse Souki Mehdaoui, cineasta independente e cofundador da Bell & Whistle, uma consultoria especializada em tecnologias criativas. “Gerar imagens estáticas e transformá-las em marionetes dá uma vibe divertida de colagem.”

De acordo com a reportagem, The Frost se soma a uma série de curtas-metragens feitos com várias ferramentas de IA generativa lançadas nos últimos meses. O texto ressalta que os melhores modelos de vídeo generativo ainda são capazes de produzir apenas alguns segundos de vídeo. Assim, a safra atual de filmes exibe uma ampla gama de estilos e técnicas, variando de sequências de imagens estáticas semelhantes a storyboards, como em The Frost, a mashups de muitos videoclipes diferentes de segundos de duração.

A Waymark criou The Frost com o objetivo de explorar como a IA generativa poderia ser incorporada a seus produtos. A empresa é especializada em fornecer ferramentas de criação de vídeo para clientes que buscam uma maneira rápida e barata de fazer comerciais. A tecnologia atual da Waymark, lançada no início do ano, reúne várias técnicas diferentes de IA, incluindo grandes modelos de linguagem, reconhecimento de imagem e síntese de fala, para gerar um anúncio em vídeo com apenas alguns cliques.

Para usar a ferramenta da Waymark, os clientes simplesmente fornecem o nome e o local da empresa. A ferramenta começa a vasculhar os sites e as contas de mídia social dessa empresa em busca de textos e imagens. Em seguida, ela usa esses dados para gerar um comercial, utilizando o modelo de linguagem GPT-3, da OpenAI, para escrever um roteiro que é lido em voz alta por uma voz sintetizada sobre imagens selecionadas que destacam o negócio. Um comercial de um minuto pode ser gerado em segundos.

Os usuários, se quiserem podem editar o resultado, ajustando o roteiro, editando imagens, escolhendo uma voz diferente, e assim por diante. Segundo a Waymark, mais de 100.000 pessoas já usaram sua ferramenta até agora, ao custo de uma assinatura que parte de 25 dólares por mês.

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