Com o aumento da demanda por conhecimento baseado em dados, o Insper oferece o curso Data Science para Executivos. A próxima turma tem início no dia 8 de maio
Françoise Terzian
A quantidade de dados criados, capturados, copiados e consumidos globalmente deverá aumentar rapidamente, atingindo 180 zettabytes até 2025. Em 2020, o volume já havia alcançado um novo recorde, com 64 zettabytes (cada zettabyte corresponde a aproximadamente 1 sextilhão de bytes, o suficiente para armazenar 500 bilhões de filmes no HD). O avanço, que já vinha em ritmo acelerado, foi impulsionado pela pandemia, quando mais pessoas passaram a trabalhar (home office), estudar (e-learning) e também se divertir (entretenimento doméstico) com mais frequência em casa.
Na era do data-driven, os negócios andam cada vez mais orientados a dados. As empresas, por sua vez, demandam urgentemente profissionais capacitados para interpretar e extrair o melhor desses dados. “Já faz alguns anos que começamos a perceber que a escassez não se encontra nos dados, que existem em abundância. Escassa é a nossa capacidade de explorar, analisar, decidir e agir com dados”, observa André Filipe de Moraes Batista, doutor em Engenharia da Computação pela USP e professor do Insper.
Cada vez mais, as profissões, das mais variadas áreas, não necessariamente técnicas, precisam saber lidar com dados e, consequentemente, com a inteligência artificial incorporada em sua rotina profissional. “Isso não se restringe mais a um determinado profissional ou profissão e não se consolida apenas por meio de cientistas de dados, mas vem com uma bagagem que pode ser acrescida aos mais variados currículos profissionais”, diz Batista.
De fato, o armazenamento e a interpretação de dados já fazem parte do centro das decisões organizacionais relacionadas a marketing, produtividade, receitas, custos e pessoas. Pensando nisso, o Insper tem uma gama de oferta de Ciência de Dados. Para a formação do cientista de dados — aquele profissional que vai ter expertise técnica e estatística sobre como processar grandes volumes de dados e extrar informações úteis —, o Insper oferece o Programa Avançado em Data Science e Decisão. Trata-se de uma pós-graduação lato sensu com carga horária de 420 horas, que visa formar o profissional cientista de dados.
Já para a formação de profissionais das mais variadas áreas que queiram colocar no currículo as competências de dados, o Insper oferece o curso Data Science para Executivos, cuja próxima turma se inicia no dia 8 de maio. O curso, com duração de 20 horas, aborda a ciência de dados, seu potencial e sua aplicabilidade nas organizações de maneira estratégica. Ele também busca preparar os executivos para reconhecer problemas de ciência de dados, avaliar a maturidade e a prontidão organizacional e definir projetos, identificando riscos e fatores cruciais para o sucesso.
Entender o que é big data, como extrair valor dos dados, como estruturar um projeto de data science e como usar o potencial dos dados para tomar decisões mais inteligentes e melhorar os resultados do negócio é fundamental para uma atuação mais eficiente dos executivos.
O curso Data Science para Executivos é voltado para gestores de diversas áreas e setores que buscam extrair conhecimento de seus dados de forma estruturada. Entre os pré-requisitos, é necessário ter formação superior completa e, no mínimo, três anos de experiência em cargos de liderança ou como gerente de projetos para que o profissional consiga se inserir nas práticas que são apresentadas durante o programa. Também se pede compreensão da língua inglesa, principalmente para textos.
O curso tem três módulos — Entendendo, Fazendo e Aplicando a Ciência de Dados — e fornece aprendizados importantes. “O executivo sairá com uma bagagem necessária para compreender como ele insere esse conhecimento em sua agenda, como ele vai nortear sua pauta por dados, quais as potencialidades e restrições, como ele monta a equipe, seleciona os melhores dados e calcula o retorno dos processos que envolvem dados”, diz Batista. “São competências cada vez mais requisitadas no mercado.”