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Projeto quer avançar na inclusão de pessoas trans, travestis e não binárias

O objetivo é que as solicitações de uso do nome social por alunos e alunas, hoje processadas de forma manual, sejam atendidas de forma sistêmica e integrada

O objetivo é que as solicitações de uso do nome social por alunos e alunas, hoje processadas de forma manual, sejam atendidas de forma sistêmica e integrada

João, Fabi e Joyce
João Fernandes, Fabiana Barreto e Joyce Janaina Cocato de Souza, que estão à frente do projeto

 

Bárbara Nór

 

No final de janeiro, foi lançado no Insper o Projeto Nome Social Discente, cujo objetivo é melhorar a comunicação entre os sistemas para otimizar o fluxo de trabalho e possibilitar o atendimento das solicitações de uso do nome social por alunos e alunas. A iniciativa vem reforçar o compromisso da escola com a causa e potencializar a inclusão de pessoas trans, travestis e não binárias, além de manter o cumprimento da legislação vigente.

“O respeito ao nome social garante a presença e a permanência de travestis, transexuais e não binários no Insper, sem que sejam colocados em situações constrangedoras em decorrência do nome que consta no seu registro civil”, diz Fabiana Barreto, analista do Centro de Gestão e Políticas Públicas e líder da rede LGBTQIA+ na Comissão de Diversidade, Equidade e Inclusão do Insper. “A utilização do nome social garante o respeito ao princípio da dignidade da pessoa”, diz Fabiana.

Junto com ela, João Fernandes, analista de Relações Internacionais no Insper e líder da rede LGBTQIA+ na Comissão, e Joyce Janaina Cocato de Souza, assessora executiva de Graduação e também membro da Comissão, estão à frente do projeto, que teve sua reunião de kick-off no final de janeiro, com a participação dos líderes de departamentos da escola e de Guilherme Martins, diretor de Graduação, que realizou a abertura do encontro.

Construir espaços mais receptivos para as diferenças é uma demanda cada vez mais necessária, segundo João Fernandes. “Uma instituição de ensino deve ser um ambiente acolhedor e seguro para você ser quem você é, mostrar suas cores e se sentir confortável para compartilhar sentimentos e ideias”, diz. “Queremos que as alunas e os alunos venham e se sintam abraçados em um espaço que promova a diversidade e discussões a respeito.” Não à toa, apesar de ser encabeçado pela Comissão de Diversidade, Equidade e Inclusão, o projeto veio do planejamento estratégico da própria escola e faz parte de uma missão maior de transformação.

 

Reunião de lançamento da iniciativa: Giovanna Spada (especialista em TI), Bruna Arruda (uma das coordenadoras da Comissão de Diversidade, Equidade e Inclusão), Joyce Cocato (assessora executiva da Graduação), Fabiana Barreto (analista do Centro de Gestão e Políticas Publicas), João Fernandes (analista de Relações Internacionais), Elaine Silva (supervisora de Comunicação) e Guilherme Martins (diretor da Graduação);  Bráulio Constantino (gerente TI), também participante do projeto, não estava no momento da foto

Transformação profunda

Garantir o uso do nome social pode parecer uma mudança pontual, mas o projeto envolve, na verdade, uma força-tarefa em todo o Insper. “Não é um simples ajuste de sistema. O projeto tem uma função de conscientização”, diz Joyce. “É uma forma de reforçarmos com as pessoas a pauta da diversidade e a importância de acolhimento.”

Hoje o Insper atende de forma manual aos pedidos de utilização do nome social. Entretanto, é imprescindível que essas solicitações possam ser processadas de forma integral e sistêmica. Por isso, para que o projeto funcione, a conscientização é essencial. “O projeto vai acionar diretamente todas as áreas da escola de forma que elas tenham que saber o mínimo a respeito dessa tratativa”, diz Joyce. “Ele não vai só atender a uma demanda de sistema, mas servir como letramento.” A ideia, ela conta, é que cada área tenha pelo menos uma pessoa com conhecimento para ser a multiplicadora para os demais.

Para ajudar nesse processo, a Comissão de Diversidade, Equidade e Inclusão tem se esforçado para criar uma comunicação com docentes e estudantes durante toda a implementação, convidando toda a comunidade para dar opiniões e validar ideias. As expectativas são positivas. “Eu acredito que é possível transformar o preconceito em respeito”, diz Fabiana. “Quando o Insper tem a preocupação em proporcionar que todos e todas tenham o mesmo direito com relação ao nome pelo qual quer ser chamado, estamos transformando o preconceito em respeito.”

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