[{"jcr:title":"Alunos do Insper criam sistema para reduzir custos logísticos e tributários das empresas"},{"targetId":"id-share-1","text":"Confira mais em:","tooltipText":"Link copiado com sucesso."},{"jcr:title":"Alunos do Insper criam sistema para reduzir custos logísticos e tributários das empresas","jcr:description":"Otimizador indica trajeto mais barato para transporte de mercadorias com base em dois bancos de dados: o de logística e o de tributação que incide sobre esse deslocamento, como o ICMS"},{"subtitle":"Otimizador indica trajeto mais barato para transporte de mercadorias com base em dois bancos de dados: o de logística e o de tributação que incide sobre esse deslocamento, como o ICMS","author":"Ernesto Yoshida","title":"Alunos do Insper criam sistema para reduzir custos logísticos e tributários das empresas","content":"Otimizador indica trajeto mais barato para transporte de mercadorias com base em dois bancos de dados: o de logística e o de tributação que incide sobre esse deslocamento, como o ICMS O professor Leonidas Sandoval (orientador), os alunos Abel Andrade, João Bueno e Pedro Carani e Elton Farias (da consultoria Exed)   Bruno Toranzo   As empresas estão especialmente atentas a dois custos em suas cadeias de suprimentos: o de transporte dos produtos ou das mercadorias e o de tributação referente a esse deslocamento ou circulação. O desafio é encontrar o menor percurso — e, portanto, o mais barato — para caminhões, trens ou outros meios de transporte levarem os produtos ao consumidor, considerando também a carga tributária resultante do caminho escolhido. Ou seja, não adianta escolher o trajeto mais curto se ele for o mais caro em termos tributários — aquele que resultará na maior cobrança de impostos. Esse foi o desafio de três alunos do Insper no seu [Projeto Final de Engenharia (PFE)](https://www.insper.edu.br/pfe/) . Eles desenvolveram uma ferramenta chamada de otimizador logístico e tributário, cujo objetivo é conciliar esses dois custos para chegar a uma resposta sobre o trajeto mais barato para o transporte de produtos ou mercadorias. O PFE, que é uma exigência para a conclusão da graduação, foi entregue no segundo semestre do ano passado por Abel Cavalcante de Andrade Neto, do curso de Engenharia de Computação, e João Luiz Leão Bueno e Pedro Braga Carani, de Engenharia Mecânica. O sistema foi desenvolvido para a consultoria Exed, que auxilia as empresas a fazer seus planos de logística, um dos principais elementos das cadeias de suprimentos ou supply chain . Antes da solução criada pelos alunos do Insper, a Exed utilizava seu banco de dados próprio, voltado para o custo do transporte, e o da empresa parceira Systax, dedicado ao custo tributário. “Eram dois otimizadores diferentes funcionando em paralelo, o que trazia dificuldade operacional para o dia a dia. A solução criada pelos estudantes, que unifica esses otimizadores, proporcionou agilidade para encontrar o caminho ideal de entrega dos produtos”, diz Leonidas Sandoval Junior, professor do Insper e orientador do trabalho. A primeira empresa que utilizou o sistema unificado foi a indústria petroquímica Braskem, que submeteu um dos seus produtos de resina de plástico ao otimizador. Como resultado, economizou mais de 1 milhão de reais na logística, além de constatar que o centro de distribuição em Joinville, que na solução anterior estava sobrecarregado, não o estivesse mais na solução nova. “A Exed tem agora um programa inovador no mercado que continua utilizando os dados da Systax, mas plenamente integrados com a sua base. Dois dos alunos que participaram dessa inovação foram contratados pela Exed, demonstrando seu reconhecimento pelo trabalho realizado”, diz o professor. “Desde o início, as empresas, especialmente a Exed, deram muita atenção aos alunos, com reuniões de duas a três vezes por semana que contavam com a participação de profissionais de logística e de TI”, completa.   Complexidades logística e tributária O transporte rodoviário constitui a modalidade mais adotada no país para cargas, respondendo por 65% das viagens realizadas. O problema é que a qualidade das vias tem sido contestada há décadas, o que encarece o custo do transporte. O estado geral da malha rodoviária piorou no ano passado, de acordo com a 25ª edição da Pesquisa CNT (Confederação Nacional do Transporte) de Rodovias. Dos cerca de 110 mil quilômetros avaliados, 66% foram classificados como regulares, ruins ou péssimos. Em 2021, esse percentual era de 62%. Essas condições inadequadas, além de resultarem em riscos à segurança, aumentam os custos de operação, por causa da manutenção frequente do veículo e do aumento do tempo de viagem, o que resulta na elevação do consumo de combustível. Segundo o estudo, o acréscimo médio do custo operacional é de 33%, considerando como base de comparação o valor que as empresas de transporte gastariam se as rodovias estivessem em ótimo estado. Em relação à tributação, o cenário é igualmente complexo. O tributo que incide sobre a circulação de mercadorias e serviços é o ICMS, de competência estadual e do Distrito Federal. Como sua alíquota varia de estado para estado, cabe às empresas optar pelas rotas de menor incidência tributária. Esse é um dos fatores que explicam a guerra fiscal entre os estados, já que alíquotas menores de ICMS são oferecidas para atrair as empresas. “O otimizador torna as empresas mais competitivas, inclusive em relação ao mercado internacional, o que se mostra importante em uma economia globalizada. A solução lida, por meio da tecnologia, com desafios logísticos e tributários próprios do Brasil”, diz o professor Leonidas."}]